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Nº 21 - Ano 2019 - 25.05.2019

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Música

A graduação em música busca, além de profissionalizar seus estudantes, levá-los ao questionamento: qual o impacto da música na sociedade? Como é possível, por meio dela, mudar a vida das pessoas ao seu redor? Por meio de uma formação crítica e humanista, percebe-se a arte como uma maneira de problematizar e questionar a realidade, promovendo mudanças a partir da prática musical.

A música se configura como um único curso dividido em duas modalidades - bacharelado e licenciatura - sendo que o bacharelado tem 21 habilitações (composição, regência, canto, música popular, oboé, clarineta, flauta, fagote, saxofone, trompa, trompete, trombone, harpa, piano, percussão, violino, viola, violoncelo, contrabaixo, violão e musicoterapia). É necessário já ter conhecimentos musicais antes de ingressar na universidade. Por isso, além do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) o candidato precisa se submeter a provas de conhecimento específico do  Vestibular de Habilidades para a habilitação que deseja cursar.

Cada habilitação tem sua grade curricular específica desde o primeiro período. Por meio das disciplinas optativas pode-se escolher aprofundar, por exemplo, em música popular ou erudita, ou em determinados períodos da história da música. Também é possível cursar disciplinas de outras habilitações, se houver o conhecimento musical requisitado.

Natural de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, Thiago André, 27, está no último período do bacharelado em piano. Ele pretende seguir carreira acadêmica depois de formado e se tornar professor universitário na própria UFMG. “Aqui dentro eu pude ter contato com grandes nomes da música brasileira, como musicistas que acompanham Milton Nascimento e Gilberto Gil, professores renomados de composição cujas obras são tocadas pelas principais orquestras do país… Tudo isso complementou muito meu fazer musical e meu saber da música”.
Bacharelado em composição, regência, canto, instrumentos e música Popular

Os bacharelados em composição, regência, canto, instrumentos (clarineta, contrabaixo, fagote, flauta, harpa, oboé, piano, percussão, saxofone, trombone, trompa, trompete, violino, viola, violoncelo, e violão) e música popular preparam profissionais para um campo de atuação mais artístico, como maestro, solista ou músico de orquestra e coral, shows e apresentações ao vivo. Também é possível trabalhar com produção fonográfica ou cultural, além de seguir a carreira acadêmica. No caso da composição, pode-se trabalhar com a criação de trilhas sonoras ou mesmo com marketing, na composição de jingles. Um exemplo é a identidade sonora desenvolvida pelo professor do curso, Fernando Rocha, para o selo comemorativo dos 90 anos da UFMG.


Os bacharelados em composição, regência, canto e instrumentos ocorrem no período diurno, enquanto a música popular ocorre no noturno-parcial, pois pode haver atividades em outros turnos.
Bacharelado em musicoterapia

Carmina Burana
Carmina Burana Foca Lisboa

A graduação em musicoterapia visa a formar profissionais da saúde que utilizam a música no tratamento de seus pacientes. Por isso, os estudantes também assistem a aulas de anatomia, psiquiatria, pediatria, teorias do desenvolvimento e outros assuntos relacionados à saúde. Pode-se atuar em consultórios, clínicas e hospitais do âmbito público ou privado, promovendo tratamentos e reabilitações para pacientes de diversas idades com paralisia cerebral, depressão, doença de Alzheimer, dentre outras patologias.

O curso conta com diversos projetos de extensão, nos quais os alunos prestam atendimento à população. Alguns deles são a Musicoterapia na Associação Mineira de Reabilitação, que atende crianças com paralisia cerebral, e a Musicoterapia na Saúde Mental, que presta atendimento nos Centros de Referência em Saúde Mental em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte. Ao todo, os projetos da Escola de Música atendem cerca de cem pacientes por semana.

A dentista e acupunturista Jacqueline Gabriele, 55, está no sétimo período de musicoterapia, e pretende usá-la para complementar os tratamentos dados a seus pacientes. Ela já utilizou a música para tratar pacientes com paralisia cerebral, câncer, doença de Alzheimer e vícios, e afirma que a melhor parte de seu trabalho é perceber os avanços no tratamento: “é simplesmente fantástico quando vemos um paciente se reabilitar. É um sentimento de acerto pessoal, espiritual, moral… Uma experiência única”.

O bacharelado em musicoterapia ocorre no período noturno-parcial.
Saiba mais sobre a musicoterapia na reportagem da TV UFMG:


Licenciatura

O licenciado em música é um profissional da música com conhecimentos de como ensiná-la, seja na escola regular, em cursos livres ou conservatórios. Dentre as disciplinas obrigatórias, estão previstas aulas de didática, sociologia da educação, filosofia da educação e outras. Como em todas as outras habilitações do curso de música, também há a possibilidade de seguir a carreira acadêmica.

Há diversos projetos relacionados à licenciatura em que os estudantes podem atuar durante a graduação. Alguns exemplos são o Centro de Musicalização Infantil da UFMG, que oferta aulas de musicalização, canto e instrumentos para crianças e adolescentes até os 14 anos; ou a Residência Pedagógica http://www.capes.gov.br/educacao-basica/programa-residencia-pedagogica, programa do Ministério da Educação em que os alunos estagiam por um ano e meio em uma escola parceira, acompanhando as aulas de um professor formado.

A licenciatura ocorre no período noturno-parcial.

PARA SABER MAIS

Estrutura curricular https://ufmg.br/cursos/graduac...
Relação de candidatos por vaga no Vestibular de Habilidades 2019: 2,39
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2017: Licenciatura  - 3 (bacharelado ainda não foi avaliado)