O filme Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho, será exibido e comentado no âmbito da série Sem comentários, organizada pelo projeto de extensão EspaçAMente, do Instituto de Ciências Exatas. A atividade será realizada na terça-feira, 29 de abril, às 18h30, no auditório da Unidade. A análise da obra ficará a cargo da professora Cláudia Cardoso Mesquita. Para ter direito a certificado, o participante deve se inscrever site da Prograd.

A série promove exibição de filmes durante as atividades complementares do turno noturno. Na sessão de estreia, realizada no dia 17 de março, foram exibidos os documentários Filhos da ditadura e GRIN, com comentários do professor Érico Oliveira de Araújo Lima, do Departamento de Comunicação Social, que também assina a curadoria da série.

Sobre o filme
Com filmagens iniciadas em fevereiro de 1964, o cineasta e jornalista brasileiro Eduardo Coutinho pretendia contar a história de João Pedro Teixeira, líder da liga camponesa de Sapé, assassinado em 1962. Com as filmagens a vida, interpretada pelos próprios camponeses, interrompidas, Coutinho volta à região apenas 17 anos depois e retoma o projeto, reencontrando a viúva Elizabeth Teixeira e Abraão, seu filho mais velho. Com ajuda do primogênito, Eduardo investiga o destino dos outros dez filhos de João e todos envolvidos no projeto, modificando o tema principal da película, que passa a ser a trajetória de cada um dos personagens. O filme, que demorou 20 anos para ser concluído, foi finalizado em 1984 e contou com o lançamento de um ebook, de acesso gratuito, em 2022 pelo Instituto Moreira Salles (IMS).

Sobre a professora
Cláudia Cardoso Mesquita é professora do curso de graduação e do programa de pós-graduação em Comunicação Social da UFMG. Com mestrado e doutorado na Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA-USP), a pesquisadora do cinema nacional publicou obras como os livros Filmar o real - sobre o documentário brasileiro contemporâneo, junto à professora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Consuelo Lins, e Cinema da terra, junto ao Professor do Departamento de Comunicação da UFMG André Brasil.