Evento cultural

Em seminário na ECI, historiadora da arte analisa 'curadoria perversa' de exposição de arte nazista

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Uma análise do processo "curatorial" que resultou na montagem da exposição de Arte Degenerada pela Alemanha nazista, em 1937, marca, nesta quinta-feira, 29 de julho de 2021, às 17h, o retorno das conferências do Seminário do Núcleo de Pesquisa em História das Coleções e dos Museus (Rariorum), da Escola de Ciência da Informação.

A professora e historiadora da arte Vanessa Bortulucce, que desenvolve pesquisas sobre exposições realizadas em regimes totalitários na primeira década do século 20, fará uma análise dos sentidos atribuídos aos objetos artísticos por essa "curadoria perversa" que marcou a exposição de Arte Degenerada. 

Contraste
A exposição foi criada para oferecer um contraponto à Primeira Grande Exposição de Arte Alemã, que reunia obras e artistas que exprimiam os valores artísticos defendidos pelos nazistas, como o ideal de beleza clássico e naturalista. Em contraste, a Exposição de Arte Degenerada exibiu, no Hofgarten de Munique, uma seleção de 650 obras confiscadas de museus germânicos, que eram identificadas como exemplos da decadência estética da nação. Mais de dois milhões de pessoas visitaram a Exposição de Arte Degenerada em alguma de suas diversas versões itinerantes, audiência bem superior à da outra exposição.

A conferência ocorrerá na Sala Virtual 2 da ECI. Para acessá-la, o interessado deve fazer um cadastro na Comunidade Acadêmica Federada (Cafe), disponível na mesma página.

Descrição Imagem
O Ministro da Propaganda do governo nazista, Joseph Goebbels, em visita a Exposição de Arte Degenerada Arquivo Federal Alemão | Autor Desconhecido | CC BY-SA 3.0 DE