Dois ensaios abertos do espetáculo O som do mundo desmoronando, realizado pelo Coletivo Urutau, ocorrerão nesta semana no auditório da Reitoria. A montagem, feita por estudantes de graduação em Teatro da UFMG, será apresentada ao público na quarta-feira, 22 de janeiro, às 12h30, e na quinta, dia 23, a partir das 17h30. Na sequência, haverá uma roda de conversa com o público. Os ensaios, organizados pelo Circuito Cultural UFMG, são gratuitos e acessíveis em Libras.

Livremente inspirada nos escritos de Paul B. Preciado e Achille Mbembe, a peça entrelaça narrativas de resistência com marcas da destruição ecológica e humana. Dos escombros, surgem baratas, ativistas, cientistas e seres insólitos, enquanto o silêncio ecoa tão alto quanto o som. “E o melhor é que tudo isso é apenas… performativo. A ironia máxima do minimalismo: gritar a ausência com todo esse barulho”, informa o texto de divulgação.

Inseparáveis
Com direção do professor Altemar Di Monteiro, a obra reflete sobre uma dimensão existencial que define nosso tempo e reafirma que corpo e mundo nunca estiveram separados, ainda de acordo com o material de divulgação. "A peça propõe uma experiência sensorial intensa, em que 22 atores em movimento dialogam com o silêncio e um design sonoro envolvente. Para expandir a cena, projeções de vídeo constroem uma paisagem vibrante e efêmera", diz o texto.

O espetáculo estreará na Funarte em 5 de fevereiro.

Sobre o coletivo
O Coletivo Urutau surgiu do encontro de estudantes da graduação em Teatro na disciplina Práticas de criação, ministrada pelo professor Altemar Di Monteiro. Após um semestre de imersão em estudos teóricos e experimentos cênicos, o grupo explora inquietações contemporâneas em formas de criação colaborativas que dialogam com as poéticas do teatro performativo.