Evento acadêmico

Julho: Congresso da Faculdade de Medicina discute implicações da covid longa

De 3 a 5 de julho de 2024, será realizado o 3º Congresso Brasileiro de Evidências na Covid-19: Abordagem Prática na Covid Longa, organizado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais e pelo Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (IATS), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O evento, on-line e gratuito, será transmitido pelo canal do IATS no YouTube. As inscrições podem ser feitas por meio deste link.

Enquanto as outras edições focaram nas evidências relacionados à abordagem da covid-19 aguda, a 3ª edição do Congresso de Evidências na Covid-19 traz uma abordagem prática da covid longa, explica a professora Milena Marcolino, do Departamento de Clínica Médica e organizadora geral do Congresso. 

“Essa é uma condição caracterizada pela persistência ou desenvolvimento de novos sintomas três meses após a infecção e tem grande impacto na qualidade de vida das pessoas. Apesar da relevância, a ocorrência de covid longa continua subestimada. Estimativas conservadoras sugerem que cerca de 10% das pessoas infectadas desenvolvem a forma longa da doença, o que se traduz em quase 75 milhões de pessoas afetadas globalmente, sendo 4 milhões no Brasil”, afirma.

A covid longa pode se manifestar como síndrome da fadiga crônica, dispneia, comprometimento do desempenho físico e cognitivo (perda de memória e concentração), dor de cabeça, doenças cardiovasculares, trombóticas ou cerebrovasculares, queda de cabelo, perda de olfato e paladar, tonteira e palpitações, entre outros sintomas. 

“Esses eventos podem variar de leves a incapacitantes, impactando negativamente a qualidade de vida, aumentando a demanda por assistência à saúde, causando absenteísmo e elevando os custos diretos e indiretos com cuidados”, justifica Milena Marcolino.

Temas
O evento abordará diversos eixos relevantes no contexto da covid longa, como broncoespasmo e dispneia, suporte nutricional, sintomas cognitivos, fadiga, reabilitação e atividade física, manifestações psiquiátricas, vacinação, desinformação sobre a doença e apresentação de pesquisas e teleassistência no tema.

Leia mais sobre o evento em matéria publicada no Portal da Faculdade de Medicina.

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Enquanto as edições anteriores abordaram aspectos da forma aguda da covid-19, o próximo evento discutirá temas ligados à permanência dos sintomas da doença Raquel Portugal | Fiocruz