Estratégias de cuidado: saúde mental, sofrimento e alternativas é o tema da aula inaugural dos programas de pós-graduação em Demografia e Economia do Cedeplar, que será realizada nesta terça-feira, 29 de abril, às 16 horas, no Auditório 1 da Face.

Aberta a todos os membros da comunidade universitária, a aula será conduzida pela professora Teresa Kurimoto, da Escola de Enfermagem, e pelo professor Antônio Teixeira, da Fafich.

Com formação em Psicologia e Enfermagem, integrante efetiva da Comissão de Permanente de Saúde Mental da UFMG, Teresa Kurimoto anuncia que vai partir de um panorama construído por dados de pesquisas sobre a saúde mental no contexto da pós- graduação e de reflexão sobre os tempos atuais e o sofrimento como experiência humana para propor “discussão acerca da saúde mental que vá além da doença e da ética do cuidado e do acolhimento como estratégias individuais e institucionais para lidar com os desafios vivenciados no contexto acadêmico”.

Antônio Teixeira, por sua vez, pretende ressaltar que não há como estabelecer referente natural de sanidade psíquica e que a definição de saudável ou patológico, nesse caso, varia conforme a normatividade social e política do contexto de cada sujeito. Na sociedade capitalista, segundo ele, privilegiam-se os procedimentos padronizáveis de atendimento terapêutico. “A ideia de alternativas que aparece no título da aula é muito bem-vinda porque nos sugere o valor de uma abordagem do sofrimento mental que não se submete aos padrões reprodutíveis de atenção”, diz Teixeira, que é psiquiatra com formação em psicanálise e filosofia e membro de entidades como a Associação Mundial de Psicanálise.

Tradicionalmente, o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) escolhe, para suas aulas inaugurais, questões transversais consideradas muito relevantes. “Saúde mental é temática fundamental para a Universidade e a sociedade. Neste ano, a novidade é que a aula estará a cargo de dois professores, o que é excelente porque eles oferecerão visões complementares”, explica o diretor do Cedeplar, professor Frederico Jayme.