A ciência em busca de respostas: mulheres trans têm vantagens sobre mulheres cis nos esportes?
Penúltima reportagem da série sobre atletas trans aborda o que a ciência já descobriu sobre essa questão e por que é tão difícil achar respostas conclusivas para ela
A presença de mulheres trans nos esportes, ainda que limitada, está aumentando ano após ano. E a medida que elas ocupam mais espaço, o debate sobre supostas vantagens que mulheres trans teriam sobre mulheres cis também ganha mais fôlego. A reportagem de ontem da série O esporte é para todes? Desafios para a inclusão de atletas trans já trouxe um elemento importante para essa discussão: hormônios usados durante a transição de gênero provocam mudanças nos corpos das atletas trans, no entanto, não devem ser o único indicador de performance. Mas como a ciência pode contribuir mais efetivamente para esse debate? Esse é o tema da última reportagem da série.
Segundo levantamento feito pela Agência Lupa, em junho deste ano, pelo menos sete projetos de lei em tramitação na Câmara Federal tentam barrar atletas trans nas competições. Essas propostas se valem do argumento de que atletas trans levam vantagens sobre mulheres cis e por isso sua participação em equipes femininas deve ser proibida. Mas cientistas ouvidos nesta reportagem afirmam que não há consenso em torno da questão. Eles falam sobre quais são as descobertas feitas até aqui pelas poucas pesquisas na área e por que é tão difícil dar uma resposta definitiva para esse questionamento.
Saiba mais na reportagem apresentada por Arthur Bugre:
Amanhã, a quinta e última reportagem da série O esporte é para todes? Desafios para a inclusão de atletas trans lança o desafio: será que é possível pensar o esporte para além do padrão binário homem-mulher? A última reportagem da série vai ar às 10h15, em 104,5 FM ou no site da Rádio. A série tem produção de Igor Costa, Arthur Bugre e Paula Alkmim e trabalhos técnicos de Breno Rodrigues.
Ouça também as reportagens anteriores. A primeira matéria da série fala sobre as barreiras que pessoas trans enfrentam para chegar ao esporte profissional. A segunda conta como os Jogos Olímpicos têm lidado, historicamente, como os corpos dissidentes, dos testes de gênero realizados nas primeiras edições às exigências atuais de controle de testosterona. Já a terceira reportagem explica as questões biológicas envolvidas em torno dos corpos trans.