A Galeria da Escola de Belas Artes (EBA) recebe, até o dia 25 de maio, a série de performances Preguiça e rastros. A proposta é de realizar diariamente, das 9h às 17h, performances ao vivo e interativas, que vão questionar a preguiça como atitude ou falta de atitude diante dos processos da vida cotidiana. Como parte do programa desaa exposição, serão realizadas, nos dias 14 e 21, rodas de conversas a respeito da temática e sobre a arte da performance como estratégia de intervenção estética.

“Nessas performances abordaremos a preguiça não só como sendo algo que impede a ação, mas também como aquilo que proporciona um esvaziamento, a fim de propiciar o surgimento de novas ideias”, explica a professora Rita Gusmão, do Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema  da EBA e uma das coordenadoras dessa ocupação performática.

A intenção é desenvolver ações performáticas diferentes a cada dia e compor, com os resíduos gerados, instalações que permanecerão em contínua transformação e construção até a desmontagem. 

Os artistas que se revezarão nas performances escolheram materiais e temas afins para dialogar com a proposta da exposição. O projeto foi iniciado pelo grupo de pesquisa do Laboratório de Experimentação e Criação em Artes Cênicas (Leca), em maio de 2017. Durante os estudos dos traços culturais abordados na obra Macunaíma, de Mário de Andrade, o último estudado, a preguiça, inspirou o grupo a criar uma instalação com as diversas visões presentes na cultura brasileira a respeito desse conceito, desde a perspectiva do ócio até o desgaste com o cotidiano político atual.

O evento conta com a participação dos professores Rita Gusmão e Jalver Bethônico e dos alunos Maycow Machado, Patrícia Coelho Costa e Wemerson Moreira. Todos fazem parte do Núcleo Leca de Performance, vinculado ao Laboratório de Experimentação e Criação em Artes Cênicas. 

A Galeria da EBA fica aberta à visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. A entrada é franca. Para mais informações acesse o site da Unidade.