Extensão

Campanha #PorTodasBH propõe mapeamento da violência contra a mulher

Iniciativa de projeto da UFMG pretende reunir material de qualidade para subsidiar medidas de prevenção e combate

Coordenadora da campanha acredita que iniciativa vai possibilitar uma melhor estimativa da subnotificação de casos
A expectativa é que a campanha melhore a estimativa de subnotificação de casos PxHere

Estudantes da UFMG lançaram, nesta semana, a campanha #PorTodasBH, que propõe um mapeamento dos casos de violência contra a mulher na capital mineira. A iniciativa do projeto de ensino, pesquisa e extensão Crimes contra a mulher (Crim/UFMG) tem o objetivo de entender melhor o perfil das vítimas e gerar material de qualidade para que organizações possam elaborar medidas mais efetivas de combate e prevenção a essas formas de violência. 

O mapeamento será feito por meio de site que vai sistematizar e transformar em gráficos as informações dos boletins de ocorrência da delegacia da mulher e relatos anônimos de vítimas feitos por formulário on-line.

Em entrevista ao programa Expresso 104,5 desta terça, dia 1º, a coordenadora da iniciativa, Luiza Martins, que é estudante de Direito, explicou que o site vai abarcar boletins de ocorrência de 2018 aos dias hoje, incluindo os cinco tipos de violência previstos pela Lei Maria da Penha: psicológica, sexual, moral, física e patrimonial. Segundo a coordenadora, o mapeamento deve melhorar a estimativa a subnotificação de casos. O site também informará sobre os meios oficiais para fazer a denúncia. 

Igualdade de gênero
Luiza Martins revelou as origens da iniciativa. “A campanha #PorTodasBH surgiu no ano passado. Ela é resultado das ações do Crim, criado em 2019, com o objetivo de combater a violência de gênero dentro da faculdade por meio da conscientização social, e a campanha foi um instrumento para abrir a discussão sobre violência de gênero, dando espaço para que as próprias estudantes sejam ativas nesse processo na UFMG. É um projeto em prol da igualdade de gênero dentro e fora da Universidade”, resumiu.

A campanha foi lançada nesta terça no canal do Crim no YouTube, com uma conversa sobre a importância do trabalho conjunto de órgãos oficiais, academia e organizações da sociedade civil para mapear, prevenir e combater a violência contra a mulher. A iniciativa também pode ser acompanhada pelo perfil no Instagram.

Produção: Enaile Almeida e Filipe Sartoreto
Publicação: Alessandra Dantas