Nesta sexta-feira, 13, às 19h, ocorrerá a abertura da exposição individual do sal viemos ao sal voltaremos, do artista visual mineiro Gabriel Lauriano, no Centro Cultural UFMG. A curadoria é do professor Guilherme da Silva Bueno, da Escola de Belas Artes, e da artista Paula Costa. As obras poderão ser visitadas até 2 de fevereiro. A entrada é gratuita e tem classificação livre.

A exposição reúne “esculturas-relíquias”, assemblages, ready-mades, intervenções em fotografias, instalações e fotoperformances. Por meio da tridimensionalidade, essas obas exploram “o arcabouço memorial e sensível” do que significa viver em nosso país e “realocam os componentes culturais e simbólicos da sociedade”, conforme se anota no release de divulgação.

Do sal viemos, ao sal voltaremos
Os trabalhos reunidos na mostra colocam em diálogo história, devoção, emoção e fé. “Banhadas pela dialética corpo-alma, as obras capturam os resquícios devocionais de um país em excessiva transformação”, informa-se. “São trabalhos que encontram na mitologia judaico-cristã a possibilidade de se questionar a metafísica e sua crença materializada nas ações do cotidiano.”

As obras tratam de práticas como orar, rezar e louvar, costumes em que reside a crença humana, e que visam ligar o ser humano ao divino. “Entender que tais costumes são ações socioculturais resultadas de uma violenta deturpação mercadológica e exploratória provindas de velhos mundos é fundamental para a construção de uma nova história, de um novo olhar acerca do re-conhecido”, explica-se.

O artista
Gabriel Lauriano é natural de Belo Horizonte e está se graduando em Artes Visuais pela UFMG. Seus trabalhos lidam com o reposicionamento dos componentes culturais e simbólicos da sociedade, por meio de esculturas, fotografias, instalações e performances.

O artista pesquisa os costumes brasileiros, bem como as crenças religiosas e suas manifestações. De modo geral, sua produção questiona nossos hábitos e tradições, ao passo que nos instiga com um novo olhar acerca do que ele denomina “re-conhecido”, visando encontrando nele uma nova possiblidade de mudança.

Em sua multiplicidade técnica, o artista “decodifica sua vivência mineira para assim revelá-la sob uma nova ramificação ideológica, em que o sujeito é quem constrói, modela e refaz o espaço”, informa-se no texto de divulgação da exposição.