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Carreira de professor está cada vez menos atraente, lamenta colunista

Coluna de Educação discute péssimas condições de trabalho e censura no Dia do Professor

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Um profissional desvalorizado em vários domínios, afirma professor da UFMG
Marcos Santos | USP Imagens

Péssimas condições de trabalho, remuneração e carreira desestimulantes, contratações precárias e infraestrutura ruim em várias escolas. "Se não dermos conta dessas questões, a carreira de professor será cada vez menos atraente", lamenta o professor da Faculdade de Educação da UFMG, Marcus Taborda, em uma mensagem sobre o Dia dos Professores, comemorado neste domingo, 15.

No domingo, políticos e personalidades postaram mensagens nas redes sociais enaltecendo o trabalho dos docentes. "Um conjunto de manifestações dizendo que o professor é um vocacionado, um missionário, responsável pelo futuro do país e do mundo. Mas na verdade, isso esconde o quanto esse profissional é desvalorizado nos mais amplos domínios. É um discurso que enaltece uma vez por ano uma figura que no cotidiano sofre todo tipo de mazela, preconceito e violência", reclama Taborda.

O colunista aproveitou para criticar o avanço de programas que querem cercear a liberdade do docente em sala de aula. "Fingimos valorizar o professor, mas temos medo do que ele representa. Temos medo do professor como sujeito potencialmente capaz de discutir ideias e visões de mundo. A simples ideia de que isso possa acontecer provoca pavor em boa parte da sociedade brasileira. E faz surgir movimentos retrógrados e reacionários de cerceamento do trabalho dos professores e linchamentos públicos pelas redes sociais, algo profundamente preocupante", alerta.

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Coluna veiculada no Jornal UFMG desta segunda-feira, 16 de outubro de 2017.