Arte e Cultura

Cinco atrações movimentam Espaço do Conhecimento no fim de semana

Entre as atividades, visitantes poderão acompanhar oficina para educadores, contação de histórias e exibição de documentário

O Espaço do Conhecimento preparou para este fim de semana uma série de atividades destinadas a todos os públicos. Oficina na Língua Brasileira de Sinais (Libras), debate sobre violência contra a mulher, contação de histórias sobre o povo Yorubá, oficina de formação de educadores e exibição de documentário sobre a resistência quilombola compõem a programação.

Às 9h de sábado, a oficina Laboratório na Sala de Aula: experimentando e investigando a ciência, do projeto Educação na Praça, propõe aos professores exercícios investigativos e experimentais de fácil realização, a fim de incentivá-los a desenvolver esses tipos de ação com os alunos. A atividade é destinada a docentes do ensino fundamental e será realizada pela professora de física do Colégio Santo Antônio e doutora em ensino de ciências, Marina Valentim, e pela mestre em educação Bárbara Carvalho.

O Educação na Praça é um projeto de formação de educadores que promove encontros mensais sobre diferentes áreas do conhecimento. Cada reunião tem um tema específico, com atividades lúdicas, construção e interação com modelos e estratégias de ensino. O número de participantes é limitado a 30 pessoas. Os interessados devem se inscrever pelo formulário neste link.

Sábado com libras
Vários países desenvolveram suas próprias formas de comunicação entre surdos ao longo dos últimos anos. Não há um idioma universal para essa comunidade, mas a Língua de Sinais Americana (ASL) é dominante, sendo usada por cerca de 2 milhões de pessoas somente nos Estados Unidos. Às 10h, no Sábado com Libras: Língua de Sinais Americana, os participantes aprenderão noções básicas desse idioma, usado na comunicação entre surdos de vários países, como Canadá, México, Filipinas, Hong-Kong, Porto Rico, Nigéria.

Aula de Libras na UnB
Aula de Libras em Brasília Secom UnB / Flickr

A atividade será ministrada por Ivonne Azevedo Makhoul, graduada em Comunicação de surdocego pela Gallaudet University, nos Estados Unidos. Ela foi selecionada em chamada lançada pelo Espaço. A participação é gratuita, mas é preciso se inscrever pelo e-mail libras.conhecimento@gmail.com. A classificação indicativa é de 12 anos.

Violência contra mulher
Uma hora depois, às 11h, na cafeteria do Espaço, tem início o Café Controverso, que nesta edição procura responder à pergunta Violência contra a mulher: é possível reeducar? O evento conta com a participação da professora Marlise Matos, do Departamento de Ciência Política da UFMG e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (Nepem), e do psicólogo Leonardo Leite, coordenador de Grupos Reflexivos do Instituto Albam. A participação é gratuita.

As estatísticas mostram que a violência atinge mulheres de todas as idades, raças, classes e escolaridades e já é considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Marlise Matos e Leonardo Leite publicaram artigos sobre o assunto na edição edição 1.999 do Boletim UFMG.

Mergulho na cultura africana
Ainda no sábado, às 15h, um dos povos que habitaram o território onde fica a Nigéria e deixaram profundas marcas culturais será o foco da atividade Cosmogonia yorubá e outras histórias. Na exposição Demasiado humano, os visitantes serão apresentados à cultura Yorubá, desde a criação do mundo até algumas aventuras vividas por orixás, como Olocum, que acolhe todos os rios e se torna a rainha das águas, e Nanã, responsável por fornecer a lama para a modelagem do homem.

Crianças criam histórias na oficina de cosmogonias
Crianças criam histórias em oficina de cosmogonias Divulgação / Espaço do Conhecimento UFMG

Segundo a tradição, uma galinha ajudou a espalhar a terra primordial do planeta, fruto de uma missão dada por um grande orixá aos seus filhos. A classificação indicativa é livre, e a participação, gratuita, mediante retirada de senha na recepção.

Resistência quilombola

Presentes em quilombos de todo o estado mineiro, elas atuam como lideranças políticas de suas comunidades e do movimento negro. No documentário Dandaras – a força da mulher quilombola, a luta da população afrodescendente no país é personalizada nas trajetórias e no engajamento dessas protagonistas locais.

Dona Sebastiana, personagem do documentario
Dona Sebastiana, personagem do documentário Documentario "Dandaras"

O curta-metragem será exibido no domingo, 19, às 14h30. Em seguida, uma roda de conversa entre público e mediadores abordará aspectos do filme. A classificação indicativa é de 12 anos. A exibição é gratuita mediante retirada de senha na recepção do Espaço.

O Espaço do Conhecimento fica na Praça da Liberdade, 700, no bairro Funcionários.