Ciranda do Nordeste é reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil
Com o título, lista de bens registrados do país chega a cinquenta
Após anos de espera, a Ciranda do Nordeste ganhou o título de Patrimônio Imaterial do Brasil, concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O órgão é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Turismo e à Secretaria Especial da Cultura. A Ciranda é uma manifestação tradicional dos estados de Alagoas, Paraíba e Pernambuco e envolve a dança de roda ao som de instrumentos de percussão. A decisão foi anunciada durante a 97ª reunião do conselho do Iphan, transmitida virtualmente no mês passado, e eleva para cinquenta o número de bens registrados como patrimônios imateriais nacionais.
Nesta quarta-feira, 29, a Coordenadora-Geral de Registro substituta do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, Marina Lacerda, participou do programa Noite Ilustrada e falou mais sobre a decisão do Instituto. Segundo a coordenadora, a Ciranda do Nordeste é diferente de outras cirandas do país por sua longevidade e contínua ressonância com crianças e adultos.
Lacerda avalia esse reconhecimento como "um olhar do Estado Brasileiro de valorização do patrimônio cultural e imaterial. Existem muitos bens que se encaixam nessa lista, [...] mas o que faz o trabalho de reconhecimento tão importante é o interesse de que essas formas de expressão, saberes, lugares, seja lá o que for, sejam reconhecidas pelo Estado".
No caso da Ciranda do Nordeste, o pedido de reconhecimento partiu da Secretaria de Cultura de Pernambuco, com apoio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico estadual. A representante do Iphan ainda revelou que as próximas manifestações culturais a serem pautadas nas reuniões do Instituto para serem reconhecidas como patrimônio, ainda este ano, são o Repente e as matrizes tradicionais do forró.
Ouça a entrevista completa no SoundCloud.
Para conhecer mais sobre a Ciranda do Nordeste, novo patrimônio cultural do Brasil, assista ao vídeo do Projeto Dança dos Povos.
Produção: Maron Filho, sob orientação de Alessandra Dantas e Hugo Rafael
Publicação: Carlos Ortega, sob orientação de Alessandra Dantas