Problemas como abandono e maus-tratos aos animais demandam estratégias de orientação à comunidade. Por isso, a Comissão Permanente de Política para os Animais dos Campi desenvolveu materiais educativos, com o apoio dos voluntários do Programa de Manejo, e está promovendo treinamento dos profissionais da segurança dos campi Pampulha e Saúde.

O intuito é capacitar esses trabalhadores para lidar com questões relacionadas à presença dos animais nos campi, como comportamento, zoonoses, abandono, maus-tratos, incidências e urgências.

O treinamento é realizado de forma presencial e em pequenos grupos, respeitando as medidas de segurança contra a covid-19. Os profissionais recebem material educativo impresso e fichas de orientação rápida, que servirão como material de apoio e de consulta após o treinamento.

As cartilhas contemplam a relação homem-animal, doenças zoonóticas e suas formas de prevenção, incidências, urgências e emergências e contatos úteis.

Além disso, cartazes para coibir o abandono de animais foram afixados em locais próximos às portarias de entrada e saída dos campi.

A professora Vania Regina Goveia, do Departamento de Enfermagem Básica da Escola de Enfermagem da UFMG, que integra a Comissão e coordena o projeto Proteger e cuidar: gatos do campus Saúde, destaca que a legislação em vigor prescreve multa e prisão como penas para os crimes de abandono e maus-tratos aos animais. "Devemos estar atentos para identificar os criminosos e denunciá-los", recomenda.

O coordenador do Núcleo Avançado do Departamento de Logística de Suprimentos e de Serviços Operacionais do Campus Saúde (DLO), Raphael Mantovani, participou do treinamento e destacou que todo o trabalho realizado pela comissão é de fundamental importância. “É necessário que os funcionários saibam como agir em situações específicas. As informações e orientações auxiliarão no manejo e a evitar maus-tratos e abandonos.”

A comissão
Criada em 2019, a Comissão Permanente de Política de Animais nos Campi visa propor e implementar ações destinadas à proteção da população animal na Universidade. Além dos animais silvestres que dividem espaço com a comunidade acadêmica, como micos e aves, a Comissão também é responsável  por estabelecer diretrizes para o manejo de espécies domésticas, como gatos e cachorros.

As ações são desenvolvidas à luz da Lei de Crimes Ambientais. O presidente da Comissão é o professor Luiz Carlos Villalta, da Fafich. A vice-presidência é exercida pela professora Christina Malm, da Escola de Veterinária.