Depressão e ansiedade são os temas do Café Controverso deste sábado
Público poderá interagir e esclarecer suas dúvidas com os médicos convidados
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que a depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo, tendo sido registrado um aumento na incidência de aproximadamente 18% de 2005 a 2015. O tema Depressão e ansiedade na vida contemporânea será abordado na próxima edição do Café Controverso: Saúde em Pauta, neste sábado, 28, a partir das 10h, na cafeteria do Espaço do Conhecimento UFMG (Praça da Liberdade, 700).
“Será uma oportunidade para debater, através de uma linguagem acessível a todos, este tema tão delicado”, informa Nilton Alves de Rezende, professor da Faculdade de Medicina que vai mediar a conversa entre o clínico geral e psicanalista João Carlos Martins e o psiquiatra e psicanalista José Nogueira de Sá Neto. Depois da apresentação dos convidados, o público poderá interagir e esclarecer suas dúvidas.
Diagnóstico
De acordo com o Ministério da Saúde, a depressão atinge aproximadamente 11 milhões de brasileiros. Como observa Nilton Alves de Rezende, a vida contemporânea está permeada por fatores, a exemplo das novas tecnologias e da correria do cotidiano, que influenciam na qualidade de vida e ampliam o quadro de ansiedade. O psicanalista João Carlos Martins ressalta que nessa realidade nem sempre há espaço para os sentimentos. Além disso, muitas pessoas têm resistência em procurar o auxílio de um especialista.
Um aspecto importante para o tratamento é a abordagem da doença, de forma a obter um diagnóstico adequado e acolher bem o paciente. “Existem diferentes abordagens para a questão, uma que considera a medicação como o único tratamento, pois o foco é na composição química, e outra transversal, que, além da recomendação medicamentosa, valoriza também a subjetividade”, explica Martins.
Muitas vezes, as causas dessas patologias ficam ocultadas pelos sintomas. José Nogueira de Sá Neto confirma a importância da avaliação subjetiva dos pacientes e relata que acompanhou casos nos quais algumas lesões de pele eram um reflexo da situação psíquica das pessoas. “Sou avesso a escutar e tratar somente os sintomas. Eles são uma síntese do mal-estar que as pessoas vivem. Já atendi pacientes que não se davam conta de que algumas feridas vinham da alma. É importante que as abordagens não sejam só objetivas”, pondera o psiquiatra.
O evento, promovido pelo Instituto Unimed-BH e pelo Espaço do Conhecimento UFMG, começa às 10h. A entrada é gratuita, sem necessidade de inscrição. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3409-8350.