Saúde

Dia Nacional da Saudade promove discussão sobre emoções e saúde física e mental

Palpitação, púrpura melancólica e depressão podem ser alguns dos problemas

Muitos dizem que a palavra saudade só existiria na língua portuguesa, mas não há um consenso sobre isso. Em pesquisa nos principais dicionários, a etimologia da palavra indica que ela vem do latim solitatem, que significa solidão, sendo que seu sentido inicial indicava mais a nostalgia de casa, do que o uso mais comum no português, que é o de representar um sentimento melancólico de recordação de pessoa ou coisa ausente. Assim, por mais que a palavra relacionando-se tão especificamente ao sentimento de falta seja mais rara em outras idiomas, sendo mais habitual o uso de mais palavras associadas para descrevê-lo, o sentir saudade parece ser universal.

No Brasil, a saudade é tão importante para os tupiniquins que tem até dia próprio, 30 de janeiro, Dia Nacional da Saudade. Apesar de ser um sentimento corriqueiro, ele pode surgir devido a perdas, seja pela morte de pessoas ou pelo fim de um relacionamento afetivo e desencadear quadros mais preocupantes para a saúde física e mental dos sujeitos, como depressão e melancolia.

No vídeo produzido pela TV UFMG, aprenda com o doutorando em Teoria Psicanalítica pela UFMG Alberto Timo e com a professora do Depto. de Saúde Mental da UFMG Cintia Fuzikawa a como superar a saudade e a identificar quando é a hora de procurar ajuda profissional. De acordo com a profa., problemas como palpitação, problemas na pele como psoríase e púrpura melancólica - manchas roxas na pele provocadas por stress e questões emocionais, além de quadros de saúde mental como depressão e melancolia podem ser desencadeados pela ausência de algo ou alguém amado.

Entrevistados: Alberto Timo (doutorando em Teoria Psicanalítica pela UFMG) e Cintia Fuzikawa (professora do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFMG)
Encenação: Diego Ferrer (estudante de Teatro da UFMG)
Produção: Naíne Fernandes e Ruleandson do Carmo
Reportagem: Naíne Fernandes
Imagens: Antônio Soares, Gabriel Santana e Ravik Gomes
Edição de imagens: Otávio Zonatto
Arte: Bruna Araújo
Trilha sonora: Psiu (Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra)