Saúde

Em evento nesta sexta, especialistas vão apresentar conhecimento atualizado sobre a pandemia

Serão abordados os cuidados para a volta às atividades presenciais, critérios para testes, as ações diante de casos suspeitos e a situação dos hospitais

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Laboratório de Biomarcadores da Faculdade de Farmácia: UFMG produz parte importante do conhecimento sobre a pandemia Acervo do laboratório

O Comitê de Enfrentamento ao Novo Coronavírus da UFMG promoverá nesta sexta-feira, 18, a partir das 10h, o webinar Como estamos após seis meses do início da pandemia?. Quatro especialistas da Universidade vão apresentar o conhecimento acumulado – e o que ainda não se sabe – sobre aspectos diversos da pandemia de covid-19.

O objetivo é atualizar, sobretudo a comunidade acadêmica, com as informações reunidas pelo comitê de assessoramento técnico-científico da gestão da UFMG. A professora da Faculdade de Medicina Cristina Alvim, coordenadora do colegiado, ressalta que é papel da Universidade “fazer a leitura e a sedimentação do conhecimento, que tem sido produzido em alta velocidade”. O esforço do comitê, segundo Cristina, é também o de divulgação, para que a comunidade “compreenda melhor o cenário, esteja mais apta a participar do debate e entender as decisões da administração central”.

Flávio Guimarães da Fonseca, professor do ICB e pesquisador do Centro de Tecnologia em Vacinas (CT-Vacinas), vai falar de testes diagnósticos – para que, quem e como testar. Catarina Mota Coelho, integrante da equipe de direção do Departamento de Assistência à Saúde do Trabalhador (Dast), discorrerá sobre as ações recomendadas diante de casos suspeitos de covid-19. O professor Alexandre Rodrigues Ferreira, gerente de atenção à saúde do Hospital das Clínicas da UFMG, vai descrever a situação nos hospitais de Belo Horizonte.

Em sua exposição, o professor Unaí Tupinambás, da Faculdade de Medicina, pretende defender que o retorno às aulas deve ser tratado como “atividade essencial e necessária para combater as desigualdades que aumentam com a pandemia”. Ele ressalta, entretanto, que é preciso saber o momento correto de voltar e que esse retorno tem que respeitar as medidas não farmacológicas conhecidas, como distanciamento social, uso de máscaras e higiene frequente das mãos.

Segundo Unaí, a volta tem que ser baseada num pacto entre pais, professores, alunos, sindicatos, associações, trabalhadores de apoio. “São necessários o diálogo horizontalizado e o debate franco e aberto. Para ‘como voltar’, já temos a fórmula, mas precisamos requalificar os espaços e exigir mais investimentos na educação”, afirma.

O seminário será transmitido pelo canal da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) no YouTube.

Itamar Rigueira Jr.