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Entenda como será a implantação do 5G no Brasil e as mudanças que a nova tecnologia pode trazer

De acordo com o professor da UFMG Daniel Macedo, sucessor do 4G representa avanços para o usuário comum e novas possibilidades para tratar problemas complexos, como a preservação da Amazônia

Leilão do 5G definiu as empresas responsáveis por ofertar a nova tecnologia para os brasileiros
Leilão do 5G definiu as empresas responsáveis por ofertar a nova tecnologia para os brasileiros José Cruz/Agência Brasil

Você já ouviu falar no 5G? A tecnologia que promete uma conexão móvel mais rápida, ágil e econômica, com uso em diversas áreas, está chegando ao Brasil. O 5G é o sucessor das redes 4G, que fornecem conectividade para a maioria dos dispositivos atuais, e garante mais velocidade para baixar e enviar arquivos, redução do tempo de resposta entre diferentes dispositivos e conexões mais estáveis. Nos dias 4 e 5 de novembro, foi realizado o leilão para operação das faixas de rede 5G no país.

Considerado a maior licitação de telecomunicações da história nacional, o leilão definiu as empresas responsáveis por ofertar a nova tecnologia para os brasileiros. Foram 47 propostas que, somadas, passam de 47 bilhões de reais, dos quais cerca de 40 bilhões devem ser destinados para investimentos na ampliação da infraestrutura de conectividade. A previsão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é que até julho de 2022 todas as capitais tenham a cobertura do 5G.

Para trazer mais informações sobre a tecnologia e como sua implantação no Brasil vai funcionar, o programa Conexões desta terça, 23, convidou o professor do Departamento de Ciência da Computação do Instituto de Ciências Exatas da UFMG Daniel Fernandes Macedo. Ele destacou que a velocidade do 5G vai facilitar o consumo de vídeos com mais qualidade, como em 4K, downloads mais rápidos, além de novas possibilidades para lidar com problemas como o monitoramento de desmatamentos na Amazônia, pois será possível controlar equipamentos remotamente por longas distâncias. Por outro lado, para o convidado, experiências mais imersivas, como assistir a um show em um local muito longe como se estivesse na plateia, ainda não serão possíveis com o 5G, mas vão ficar para o 6G, que já começou a ser desenvolvido.

A entrevista também abordou a competitividade que se espera entre as empresas e a desigualdade de acesso que pode persistir com o 5G, uma vez que, segundo o professor, as operadoras calculam o custo-benefício para implantar a infraestrutura, o que acaba beneficiando regiões mais ricas. Macedo acredita que não deve demorar para o 5G começar a operar no país, mas as melhorias virão ao longo do tempo. “Como já teve o leilão e existe uma demanda de internet das coisas e de outros serviços, a gente vai ver o sinal 5G rapidamente, em um ou dois anos, nas capitais. É um processo gradual e a gente vai ver uma melhoria da conectividade, na velocidade e na latência. Mesmo no 4G, que já foi lançado há um certo tempo, a gente vê melhorias”, concluiu.
 
Ouça a entrevista completa pelo Soundcloud.

Produção: Enaile Almeida, sob orientação de Luiza Glória e Alessandra Dantas
Publicação: Alessandra Dantas