Arte e Cultura

Espetáculo inspirado na escritora Carolina Maria de Jesus é atração desta quarta na Praça de Serviços

Cena de 'Memórias de Bitita': vivências e reflexões no palco
Cena de 'Memórias de Bitita': vivências e reflexões no palco Foto: Victor Maestro

Fragmentos das vivências, reflexões e acontecimentos da vida da escritora e compositora Carolina Maria de Jesus compõem o espetáculo cênico-musical Memórias de Bitita – o coração que não silenciou, que será apresentado nesta quarta, 1º, ao meio-dia e meia, na Praça de Serviços do campus Pampulha. A apresentação do Grupo Circo Teatro Olho da Rua tem entrada gratuita.

Carolina Maria de Jesus (1914-1977), mineira de Sacramento que se mudou para São Paulo em 1947, morou na favela do Canindé, zona norte da capital paulista. Trabalhava como catadora e registrava o cotidiano da comunidade em cadernos que encontrava no lixo. É considerada uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil.

Apesar do pouco estudo – cursou apenas as primeiras séries –, ela reunia em casa mais de 20 cadernos com testemunhos sobre o cotidiano da favela, um dos quais deu origem ao livro Quarto de despejo: diário de uma favelada, publicado em 1960. Após o lançamento, seguiram-se três edições, com 100 mil exemplares vendidos, tradução para 13 idiomas e vendas em mais de 40 países.

Em novembro de 2014, o Acervo de Escritores Mineiros, da UFMG, recebeu em doação material inédito de Carolina.

A série Quarta Doze e Trinta integra o projeto DAC – Muitas Culturas nos Campi, realização da Diretoria de Ação Cultural da UFMG.

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