Mutirão de estudantes e moradores vai construir rua de lazer na Zona Norte
Ação da Escola de Arquitetura será realizada no bairro Jardim Felicidade, em Belo Horizonte
Neste fim de semana, 16 e 17 de setembro, estudantes da Escola de Arquitetura promovem ação para construir área de lazer na comunidade Jardim Felicidade, Zona Norte de Belo Horizonte. O mutirão é fruto de projeto desenvolvido no âmbito da disciplina Oficina de fundamentação e instrumentação, ofertada no primeiro período do curso noturno, e contará com participação de moradores, professores e alunos da UFMG e demais voluntários.
O Jardim Felicidade é banhado pelo córrego Tamboril, cuja bacia abrange vários bairros da Zona Norte da cidade que contribuem para a poluição do córrego com o descarte de lixo e despejo irregular de esgoto. Segundo o professor Roberto Andrés, a atividade representa oportunidade de realizar um trabalho coletivo para
construir um espaço de lazer e convivência às margens do rio, já que, há vários
anos, a comunidade espera obras de melhoria das condições ambientais na região. "Esse tipo de ação é uma forma de retomar a construção da cidade pela
população”, afirma.
Em abril deste ano, a ação, que é inspirada na metodologia Oasis, do Instituto Elos, foi realizada no bairro Ribeiro de Abreu e resultou na construção de um parque às margens do Ribeirão do Onça. Assista ao vídeo produzido na época.
Desta vez, parte da rua banhada pelo córrego – o quarteirão da Escola Municipal Jardim Felicidade – será fechada para a criação de um espaço de convivência, com mesas, bancos, jogos e brincadeiras, novos elementos paisagísticos e de iluminação (veja na maquete no alto deste post)
Para participar, basta comparecer ao local, onde serão montadas as equipes de trabalho. Um ônibus será colocado à disposição dos voluntários com saída na Faculdade de Medicina, no campus Saúde, às 8h. Mais informações estão disponíveis no Facebook do mutirão.
Sonho coletivo
Ao longo do mês de agosto, alunos e professores da Escola de Arquitetura e moradores se mobilizaram em torno do projeto por meio da metodologia do projeto Oasis desenvolvida por arquitetos de Santos (SP), que coordenam o Instituto Elos. A ideia é que ela funcione, segundo o site do instituto, como uma “ferramenta de apoio à mobilização cidadã para a realização de sonhos coletivos".
A metodologia se baseia na cooperação de vários atores sociais, como os membros da comunidade local, ONGs e o poder público para a idealização e construção de uma obra pública. Ela compreende sete etapas – Olhar, Afeto, Sonho, Cuidado, Milagre, Celebração e Re-evolução – e já foi utilizada em diversas cidades do Brasil.