Em dezembro do ano passado, o Espaço do Conhecimento UFMG fez um convite inusitado aos moradores da capital mineira: que tal se aventurar pelo extremo sul do Planeta sem sair de Belo Horizonte? A mostra temporária Expedição Antártica transformou os visitantes em exploradores que, com um guia em mãos, conheceram paisagens fascinantes, experimentaram condições extremas e ficaram cara a cara com os animais do território gelado.

A exposição, que abriga imagens, sons, vestígios arqueológicos e até micro-organismos do continente, é resultado de estudos em biologia, arqueologia, antropologia e medicina polar desenvolvidos pela UFMG, referência em pesquisas sobre o Polo Sul no Brasil. A mostra favorece a interação e estimula os sentidos dos visitantes com cápsulas que simulam os fortes ventos, os obstáculos da neve e as luzes da Aurora Austral. A sessão Perspectivas austrais completa essa experiência, reunindo a beleza das paisagens da Antártica na cúpula do planetário.

Em cinco meses de exposição, o museu recebeu mais de 25 mil visitantes, que passearam pelos módulos e participaram de oficinas, sessões de contação de histórias e de brincadeiras como  caça ao tesouro. O objetivo principal foi atingido: levar o conhecimento científico dos grupos de pesquisa MycoAntar, Paisagens em Branco e MediAntar para além dos muros da universidade.

Para quem ainda não visitou, ou deseja se despedir da mostra, ela fica em cartaz até domingo, 20 de maio, no Espaço do Conhecimento, na Praça da Liberdade, de terça a sexta-feira e domingo, das 10h às 17h, e no sábado, das 10h às 21h. A entrada é gratuita. Mais informações podem ser solicitadas pelo telefone (31) 3409-8350.

Curiosidade
A  educadora Patrícia Pimenta, coordenadora da Creche Dona Quita Tolentino, no Aglomerado da Serra, visitou a exposição com uma turma de alunos de quatro anos de idade. "Foi experiência esclarecedora que instigou a curiosidade das crianças", disse Patrícia. Segundo ela, durante o passeio, os estudantes ficaram entusiasmados com os sons emitidos pelos pinguins e as formas e texturas dos fungos antárticos. A visita ainda vai render um trabalho sobre a fauna do continente em sala de aula.

O frio da exposição, que é climatizada, foi o que mais chamou a atenção de Andréa e Bruna de Jesus. Enquanto a garota aprecia o clima gelado, a mãe não gosta dessa sensação térmica. Ao observarem o painel que aborda os efeitos das baixas temperaturas no corpo humano, as visitantes da Grande São Paulo puderam imaginar os desafios que os pesquisadores da UFMG enfrentam no território. As duas ficaram encantadas com a quantidade de informações sobre o território antártico disponíveis na mostra, uma surpresa para as turistas, que esperavam conhecer apenas a Praça da Liberdade.