Pesquisa e Inovação

Faculdade de Farmácia recruta voluntários para pesquisa sobre covid longa

Podem participar pessoas da comunidade acadêmica que fizeram uso do MonitoraCovidUFMG durante a pandemia

Novo teste permite melhor panorama da presença das variantes do Sars-CoV-2 em todo o território nacional.
 Representação do Sars-CoV-2, causador da covid-19: manifestações da doença podem se prolongar por mais tempoDivulgação OMS

Servidores e estudantes da UFMG que reportaram ao sistema MonitoraCovid manifestações de sintomas da covid-19 agora podem colaborar com pesquisa sobre a chamada covid longa, em desenvolvimento pela equipe do Laboratório Institucional de Pesquisa em Biomarcadores (Linbio) da Faculdade de Farmácia. A covid longa é a permanência dos sintomas da infecção pelo Sars-Cov-2 em alguns pacientes, que podem durar semanas ou até um ano após o diagnóstico inicial da doença.

“Esses sintomas podem incluir fadiga extrema, dores musculares e articulares, dificuldades respiratórias, problemas neurológicos e cognitivos, além de uma série de outros sintomas que impactam significativamente a qualidade de vida”, conforme explicam os coordenadores da  pesquisa, os professores Cristina Mariano Ruas e Adriano de Paula Sabino, na página do projeto.  

A comunidade acadêmica da UFMG, usuária do MonitoraCovid, está recebendo convites para participar da pesquisa em seu endereço de e-mail institucional, com o link para o questionário, que demanda apenas alguns minutos para ser respondido.

O objetivo é avaliar os sintomas dos usuários do sistema, encerrado em 28 de fevereiro de 2023, que contribuiu com o Sistema Único de Saúde (SUS) no monitoramento e na prevenção do avanço da doença junto à comunidade da UFMG. No período de dezembro de 2020 até o encerramento do serviço, o MonitoraCovid registrou 108 mil acessos, que geraram 11.645 atendimentos pelo Telecovid-19, baseado no Hospital das Clínicas da UFMG, e 4.806 casos confirmados com testes feitos na Universidade.

Perfil dos pacientes
A pesquisa pretende, ainda, comparar os sintomas da covid longa entre grupos de indivíduos com teste PCR positivo e negativo e identificar fatores de risco para a covid longa. Segundo informações disponíveis no site do projeto, ao coletar as informações dos participantes da pesquisa, os pesquisadores poderão traçar um perfil detalhado dos pacientes afetados, identificando padrões de sintomas persistentes e complicações da doença. 

“Esses dados desempenham um papel essencial na orientação de pesquisas científicas futuras, fornecendo conhecimentos valiosos que podem levar a tratamentos mais eficazes e a aprofundar [o conhecimento] sobre o processo patológico da covid longa e preparar sistemas de saúde para lidar com as necessidades em evolução desses pacientes”, informa o site.

Mais informações podem ser obtidas por meio do e-mail linbioufmg100@gmail.com