Festival Salve Orixás promove diálogo entre arte e educação para difundir a cultura negra
Evento on-line conta com apresentações e rodas de conversa com artistas da cena afro-brasileira e indígena
![Reprodução/Mundo Negro Edivan Fulni-ô e Nãnan Matos integram a programação do festival](https://ufmg.br/thumbor/b3KphGelB6cGSdko8KqgL3n2kug=/0x0:639x368/639x368/https://ufmg.br/storage/6/0/c/3/60c36eb95c90f0fc2d26538e4bb974ad_16395830804776_204269391.jpeg)
O Festival Salve Orixás é realizado até a próxima sexta, 17. Organizado pelo músico mineiro afroindígena Moisés Pescador, a iniciativa busca promover o diálogo entre arte e educação e difundir a cultura negra. A programação reúne apresentações musicais de quatro artistas, além do organizador: a mineira Elisa de Sena, a brasiliense Nãnan Matos, o baiano de ascendência pernambucana Edivan Fulni-ô e o senegalês Mamour Ba, atualmente radicado em Belo Horizonte. O festival também conta com rodas de conversa com os convidados que discutem temas relacionados às vivências afrobrasileiras e indígenas.
O programa Expresso 104,5 desta terça, 14, deu espaço ao projeto, convidando para entrevista o idealizador, organizador e uma atrações do evento, Moisés Pescador. O músico contou como surgiu a iniciativa que busca valorizar a ancestralidade. O cantor também defendeu o papel da arte de trazer questionamentos e o objetivo do festival de compartilhar o trabalho e a vivência desses representantes de suas culturas, já que todas as apresentações são precedidas de um bate-papo com cada um deles.
![Reprodução/Instagram @moisespescador.oficial Músico mineiro Moisés Pescador é o idealizador e uma das atrações do festival viabilizado pela Lei Aldir Blanc](https://ufmg.br/thumbor/0Pd5eJ607gJvZvHYTv3eYoeachk=/0x0:677x474/677x474/https://ufmg.br/storage/3/7/7/a/377a94f0c3667f126964671c1a1f6394_1639583068694_948988264.jpg)
“Nosso festival está tendo uma variedade de artistas, inclusive Mamour Ba, que é um senegalês e vai trazer essa essência da cultura africana aqui para o Brasil com o seu trabalho de afrobeat. Tem a Nãnan, que é de Brasília, a música dela é maravilhosa, ela tem uma vivência no candomblé. Tem o Edivan, que foi criado na aldeia Pataxó Hã-Hã-Hãe, na Bahia. Tem uma complexidade de vivência de cada artista. Tem a Elisa de Sena, mulher negra, mãe, que participa do Coletivo Negras Autoras. São pessoas que vieram para o festival trazer as suas vivências que se assemelham à de muitos outros brasileiros”, detalhou.
Ouça a entrevista completa pelo Soundcloud.
A programação do Festival Salve Orixás segue até 17 de dezembro e pode ser acessada pelo Instagram. Às 19h30 começa a transmissão do bate-papo com o artista que se apresenta às 20h, tudo pelo canal oficial de Moisés Pescador no YouTube.
Produção: Laura Portugal, sob orientação de Filipe Sartoreto
Publicação: Alessandra Dantas