Institucional

História do Direito em Minas é abordada em coletânea

Autora de artigo, a reitora Sandra Goulart Almeida participou do lançamento do livro, parte das comemorações dos 300 anos do estado

Evento de lançamento foi realizado no Palácio da Liberdade
Evento de lançamento foi realizado no Palácio da Liberdade Reprodução

Em mais um evento das comemorações dos três séculos de Minas Gerais, foi lançado nesta segunda-feira, dia 21, o livro 300 anos de Minas Gerais, organizado pelo professor Felipe Martins Pinto, da Faculdade de Direito da UFMG, presidente do Instituto dos Advogados de Minas Gerais (IAMG). O evento ocorreu no Palácio da Liberdade com a participação da reitora Sandra Regina Goulart Almeida, do vice-governador Paulo Brant, do senador Antônio Augusto Anastasia e do deputado estadual Roberto Andrade.

Com prefácio do governador Romeu Zema, a obra reúne 16 artigos que versam sobre vários aspectos da evolução do direito e da justiça em Minas Gerais. O senador Antonio Anastasia, também docente da UFMG, escreveu sobre as Constituintes mineiras, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus, discorreu sobre Das Minas para o Brasil – advogados na construção da história, e Aristóteles Atheniense, recentemente falecido, traçou um perfil do jurista Sobral Pinto, um dos expoentes dos direitos humanos no Brasil.

O professor da UFMG Hermes Vilchez Guerrero é autor do artigo A criação da Faculdade Livre de Direito de Minas Geraes, embriã da atual Faculdade de Direito. A reitora Sandra Goulart Almeida escreveu sobre autonomia universitária à luz do pensamento do jurista Mendes Pimentel, fundador da UMG. “Ele deixou um legado que tem influenciado gerações e que permanece como fonte constante de referência e inspiração”, anotou a reitora no artigo Mendes Pimentel nos 300 anos de Minas Gerais: em defesa da autonomia universitária.

Sandra Goulart Almeida: capacidade de resposta
Sandra Goulart Almeida: capacidade de resposta Reprodução

'Raio ordenador'
Durante o evento na tarde desta segunda-feira, Sandra Goulart destacou a capacidade do mineiro de “atuar em momentos tão desafiadores”, recorrendo a Carlos Drummond de Andrade, que, no poema Prece de um mineiro no Rio, conclamou o "espírito de Minas" a visitá-lo e a lançar “teu claro raio ordenador”.

Segundo ela, a UFMG sempre teve e continuará tendo compromisso com Minas Gerais. “A Universidade sempre mostrou capacidade de resposta. Foi assim em 1918, quando a Faculdade de Medicina atuou no combate à gripe espanhola, e tem sido agora nesta pandemia. É um orgulho comemorar 300 anos de Minas Gerais”, disse ela, arrematando, de novo, com Drummond: “Minas em mim, Minas comigo”.

O senador Antonio Anastasia fez uma análise da evolução constitucional de Minas Gerais – tema de seu artigo no livro. Sobre a primeira constituição, a de 1891, destacou que ela refletia a “alma libertária do povo mineiro”.

Ao encerrar o evento, o vice-governador Paulo Brant disse que, apesar da pandemia, o momento é de celebração. “É nas horas difíceis e tenebrosas que precisamos buscar nossas raízes e fundamentos, o nosso chão”, afirmou. Em sua opinião, evocar o passado é aprender, e desse movimento de retorno podem ser extraídos “a visão larga e de longo prazo de desenvolvimento, o resgate do sentido pleno do liberalismo e da liberdade e a capacidade de gerar convergências".