Iniciativa busca criar espaço para mulheres negras em cargos da área de tecnologia
Kilombo Tech terá trabalho baseada em quatro eixos de atuação, em formato de séries
![Foto: Marcelo Camargo / Agencia Brasil / CC BY-NC 2.0 Mulheres negras ocupam apenas xx% das vagas em empresas de tecnologia](https://ufmg.br/thumbor/R8ZDbblVbzzhPoS0kN_aQzKMVJs=/0x0:1993x1331/712x474/https://ufmg.br/storage/c/b/1/6/cb16ed228632966df5b73b1172292635_15955410768274_790144285.jpg)
No momento peculiar que vivemos, diferentes setores do mercado de trabalho, dos serviços, da educação, da saúde, entre outros, tiveram que se adaptar ao trabalho remoto, ao ensino à distância, às teleconferências e ao uso de aplicativos. Nesse período, a tecnologia se tornou mais central do que nunca. No pós-pandemia e no tão falado “novo normal” as áreas tecnológicas são apontadas como setores da economia que devem crescer ainda mais.
Enquanto isso, assistimos nos últimos meses a manifestações contra o racismo em todo o mundo. No Brasil, a população negra é a que mais sofre os efeitos da crise econômica. Uma pesquisa de 2019 revelou que não há nenhuma pessoa negra em 32,7% das equipes que trabalham com tecnologia no Brasil. Além disso, em 64,9% dos casos, as mulheres representam no máximo 20% das equipes de trabalho em tecnologia.
A fim de abrir mais espaço para mulheres negras na área de tecnologia, foi criado o Kilombo Tech, um hub de desenvolvimento e inovação focado em formação e acolhimento de mulheres negras no mercado de tecnologia. Dividida em quatro eixos de atuação, em formato de séries, a iniciativa vai educar, explicar, conectar e formar mulheres negras que queiram conhecer o universo tecnológico. O Kilombo Tech iniciou suas atividades em junho e neste sábado, 25, lança sua comunidade, onde as participantes poderão aprender e trocar informações.
A programadora e educadora Barbara Aguilar, uma das fundadoras do Kilombo Tech, falou sobre a iniciativa, em entrevista ao programa Expresso 104,5, da Rádio UFMG Educativa, nesta quinta-feira, 23.