Livro discute apropriação de recursos naturais e culturais pela mineração
Lançamento será nesta quarta, 15, no Espaço do Conhecimento
A maior tragédia ambiental do Brasil – o rompimento da barragem da Samarco, em Bento Rodrigues, subdistrito de Mariana – trouxe ao debate púbico questões referentes ao papel da mineração, que em diversos países da América Latina é acusada de se apropriar indevidamente de bens naturais e culturais. Esse é o tema do livro Mineração na América do Sul: neoextrativismo e lutas territoriais, que será lançado nesta quarta-feira, dia 15, no Espaço do Conhecimento UFMG.
Organizada por Andréa Zhouri, Paola Bolados e Edna Castro, a obra, publicada pela Annablume Editora, é uma coletânea de 15 ensaios que reúnem reflexões sobre os processos de mineração presentes nos países sul-americanos desde a colonização. Os textos foram apresentados no 1º Seminário internacional mineração na América Latina: neoextrativismo e lutas territoriais, em 2015, e agora estão em um único volume.
O lançamento, agendado para as 14h, na cafeteria do Espaço do Conhecimento, contará com mesa-redonda, que abordará a mineração em Conceição do Mato Dentro, o desastre em Mariana e a situação da Serra do Gandarela, casos recentes que envolvem a atividade mineradora. Participam do debate Andréa Zhouri, Ana Flávia Moreira Santos e Marcos Cristiano Zucarelli, pesquisadores do Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (Gesta-UFMG), e as ativistas Patricia Generoso Thomaz Guerra e Maria Teresa Corujo.
Resistir pelas imagens
Um dos capítulos da coletânea foi escrito por Andréa Zhouri em coautoria com Patricia Generoso Thomaz Guerra e Maria Teresa Corujo. Esta última, que representa o Movimento pelas Serras e Águas de Minas (Movsam), contribuiu para a produção do vídeo Não Vale a pena, que será exibido durante o lançamento.
O documentário, de 38 minutos, está disponível no YouTube.
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