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Morre Aloizio Gonzaga Araújo, diretor da Faculdade de Direito por dois mandatos

Unidade vai realizar missa na quinta-feira, dia 14

Aloizio Gonzaga:
Aloizio Gonzaga: missão acadêmica e gestão institucionalFoca Lisboa / UFMG

Morreu na noite da última sexta-feira, 8 de novembro, em Belo Horizonte, o professor Aloizio Gonzaga de Andrade Araújo, que dirigiu a Faculdade de Direito da UFMG por dois mandatos (1994-1998 e 2002-2006). Aloizio sofria de insuficiência respiratória havia alguns anos. Ele deixa a viúva, Marlene Chaves de Andrade, quatro filhos e quatro netos.

A Faculdade de Direito vai realizar uma missa na próxima quinta-feira, 14, às 10h, na Sala da Congregação (2º andar).

Nascido em 1940, em Coimbra, na Zona da Mata mineira, Aloizio Gonzaga graduou-se e fez doutorado em Direito na UFMG. Ingressou como professor em 1970 e aposentou-se em 2007. Aloizio ocupava a cadeira 19 da Academia Mineira de Letras Jurídicas, cujo patrono é Afonso Pena.

Para Bruno Wanderley Junior, professor de Teoria do Estado da Faculdade de Direito, que foi aluno e colega de Aloizio Gonzaga, o mestre deixa saudades e lições. “Ele foi um grande exemplo, como pessoa e profissional. Era austero e, ao mesmo tempo, alegre e bem-humorado, além de extremamente generoso”, diz.

Bruno destaca também a capacidade de Aloizio em conciliar a missão acadêmica e a gestão institucional. “Ele atendia a todos, com respeito e prontamente. Incentivou a pesquisa, apoiou a Divisão de Assistência Judiciária, reformou a Faculdade. Acima de tudo, deu-nos aulas de cidadania e transformou nossas vidas com sua sabedoria e amor fraternal.”

‘Pelo exemplo’
“Ele era humilde, um espírito iluminado, que não nos impunha uma moralidade severa, que nos educou pela palavra e, mais ainda, pelo exemplo”, afirma a filha Inês Chaves de Andrade. Segundo ela, Aloizio tinha fé inabalável, movida em grande parte pelo fato de ter sobrevivido a uma doença, depois de desenganado, aos sete anos de idade.

Já debilitado, segundo a viúva Marlene Andrade, “Aloizio ainda fazia questão de sair à rua, mas, nos últimos tempos, dedicou-se apenas à vida intelectual, em casa, com o mesmo prazer de sempre”.