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Morre Marcos Barbosa, servidor da Escola de Enfermagem

Ele tinha 72 anos e chefiava a Seção de Infraestrutura; diretoria da Unidade decretou luto oficial de três dias

Marcos Barbosa: cuidado como filosofia
Marcos Barbosa: cuidado como filosofia Rosânia Felipe | UFMG

O servidor técnico-administrativo Marcos Barbosa, que chefiava a Seção de Infraestrutura da Escola de Enfermagem, morreu nesta terça-feira, dia 6, aos 72 anos, em decorrência de uma pneumonia. Seu corpo será velado nesta quarta-feira, dia 7, das 10h às 14h, na Funerária e Cerimonial Raja (Rua Bernardino Theodoro da Silva, 86, bairro Estoril). Familiares e amigos estão sendo orientados a usar máscara e álcool em gel e a respeitar as regras de distanciamento social.  

A direção da Unidade decretou luto oficial de três dias. “Perdemos hoje um amigo, uma pessoa que conhecia cada cantinho e a história da nossa Escola, grande e singular referência para todos nós. É difícil encontrar palavras que possam definir a grandiosidade da sua pessoa, seu sorriso, sua generosidade e seu jeito acolhedor, que cativava a todos. Cuidava não apenas da Escola, mas de todas e todos nós. Ele ficará para sempre nos nossos corações. Cabe-nos agora a lembrança e o compromisso de honrar o seu legado valioso”, lamentaram, em nota, a diretora Sônia Soares e a vice-diretora Simone Cardoso.

Barbosa dedicou mais de 40 anos à Escola de Enfermagem. Ele ingressou em 1979 e trabalhou no serviço de reprografia, antes de se fixar na Seção de Serviços Gerais, hoje Seção de Infraestrutura. O servidor aposentado Edinaldo Santana, que conviveu com Marcos Barbosa por mais de 36 anos, diz que o considerava como irmão. “Ele sempre me pedia para olhar a Escola como um todo e deixar as pequenas coisas que ninguém enxerga por conta dele”, relata. Perfeccionista, Barbosa tinha o hábito de passar a mão em móveis, janelas e peitoris dos corredores para conferir se não estavam sujos. Esse zelo rendeu reconhecimento à Unidade. “A Escola de Enfermagem sempre foi considerada uma das unidades mais bem cuidadas da UFMG”, afirma Santana. 

Barbosa era tão ligado à Escola de Enfermagem que recebeu com tristeza a notícia de que Edinaldo estava prestes a se aposentar. “Ele disse que estava chegando a hora de pensar nisso também, mas que, depois da família, a Escola e as pescarias eram as coisas boas que ele tinha na vida”, conta.

Um cuidador
De acordo com Raíssa Guimarães Fonseca Camargos, estudante do 9° período da graduação em Enfermagem, Marcos Barbosa era uma espécie de patrimônio da Escola de Enfermagem. “Sua salinha no térreo tinha personalidade. E a atenção que ele dedicava a quem o procurasse por lá ou pelos andares do prédio era a de quem recebe alguém em sua própria casa. O cuidado, essência do fazer que ali se ensina, era também a sua filosofia de trabalho. Talvez por isso ele cuidasse e protegesse com tanto afinco o espaço, os recursos materiais e os alunos da Escola”, diz Raíssa.

Rosânia Felipe / Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem