Mostra 'Córregos vivos' propõe formas de proteção e revitalização da Bacia do Cercadinho
Projeto artístico, que reúne pesquisadores da UFMG e da Uemg, ajuda comunidades a refletir sobre sua identificação com os territórios em que residem
A 1ª Mostra Córregos vivos, desenvolvida pelo grupo de pesquisa em Arte e Arquitetura Terra Comum, formado por integrantes da Escola de Arquitetura da UFMG e da Escola Guignard, da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg), surgiu como um laboratório de investigação, experimentação e debate sobre a Bacia do Cercadinho, na Região Oeste de Belo Horizonte.
De acordo com a artista plástica e professora Louise Ganz, coordenadora da mostra, o projeto Córregos Vivos questiona o princípio de ocupação territorial da cidade, baseado no traçado das vias e no parcelamento da terra, onde córregos foram tamponados, restando poucas nascentes, córregos e ribeirões a céu aberto. O trabalho está disponível no site do projeto.
Alguns moradores da região participaram do projeto e descreveram a vida próximo a um córrego. A cuidadora de idosos Maria dos Santos salienta que os riscos de morar ali, muitas vezes, não são mostrados.
Para o professor Frederico Canuto, do Departamento de Urbanismo, um dos curadores da mostra, o projeto artístico propicia que os moradores passem a enxergar o seu local de vivência em outra perspectiva, de forma construir uma identidade relacionada à comunidade da Bacia do Cercadinho.
Entrevistados: Frederico Canuto, professor do Departamento de Urbanismo da UFMG, Louise Ganz, artista plástica, professora e coordenadora da mostra, e Maria dos Santos, cuidadora de idosos
Equipe: Maria Carolina Martins (produção), Marcelo Duarte (edição de imagens) e Jessika Viveiros (edição de conteúdo)