Meio Ambiente

Mudanças climáticas causadas pelo ser-humano são irreversíveis, indica relatório do IPCC

Programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, repercutiu relatório, em entrevista com o professor Klemens Laschefski, do IGC/UFMG

Em abril deste ano, cúpula de líderes se reuniu, virtualmente, para debater o clima
Em abril deste ano, cúpula de líderes se reuniu, virtualmente, para debater o clima Adam Schultz/Casa Branca / Fotos públicas / CC BY-NC 2.0

O mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla para o nome em inglês), vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), publicado nesta semana, indica que as mudanças climáticas causadas pelos seres humanos são irreversíveis. O IPCC é considerado a principal autoridade científica sobre o tema, e essa é a primeira vez que o órgão quantifica a responsabilidade das ações humanas no aumento da temperatura na Terra. 

De acordo com o documento, caso se mantenha o atual ritmo de emissões de gases com efeito estufa, a temperatura global pode subir mais de dois graus até 2100. Esse aumento acarretaria em mais acontecimentos climáticos extremos, como aumento significativo do nível dos oceanos, ondas de calor, chuvas fortes, secas e ciclones tropicais provocados pelo aquecimento global. O relatório foi aprovado por 195 países. É o sexto publicado pela instituição, desde 1988, e foi baseado nas informações levantadas por mais de 230 cientistas do mundo inteiro. As conclusões apresentadas serão um norte para a próxima Conferência do Clima, que será realizada em novembro, no Reino Unido.

Nesta sexta-feira, 13, o programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, repercutiu as questões trazidas pelo relatório, em entrevista com o pesquisador Klemens Laschefski, professor do Departamento de Geociências do IGC/UFMG. Na conversa com a jornalista Luíza Glória, ele falou sobre os dados do relatório, que confirmam uma tendência que já era observada por pesquisadores da área.

"Em princípio, o relatório confirma o que já está sendo pesquisado há 50 anos. A diferença é que eles agora tiveram coragem de quantificar, mais completamente, com dados mais consolidados, essa tendência que já tem sido discutida há muito tempo", afirmou.

Ouça a entrevista com o professor Klemens Laschefski no SoundCloud.

Produção de Laura Portugal, sob orientação de Luíza Glória