O Fundo Amazônia é efetivo?
Programa 'Aqui tem ciência', da Rádio UFMG Educativa, focaliza pesquisa que indica pontos fortes e fragilidades da iniciativa
A recente suspensão das doações da Alemanha e Noruega ao Fundo Amazônia conferiu notoriedade ao programa nos noticiários e nas redes sociais. Criada em 2008, a iniciativa visa captar doações internacionais para investir em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento. Mas tem sido questionada pelo governo federal, que alega que o dinheiro vai para ONGs.
Afinal, qual é a importância do Fundo Amazônia? É possível medir sua efetividade como política de controle do desmatamento? Foi pensando nisso que, antes mesmo de o tema ganhar tamanha proporção, o pesquisador Juliano Correa desenvolveu sua tese no Departamento de Engenharia de Produção da UFMG. O trabalho, que levanta os pontos fortes e as fragilidades da iniciativa, foi apresentado a embaixadores europeus como guia científico para ajudar nas negociações com o governo federal. Saiba mais no terceiro episódio do programa Aqui tem ciência.
RAIO-X DA PESQUISA
Título original: The Amazon Fund 10 years later: resource distribution
and effects of REDD+ in the Brazilian Amazon
O que é: a tese avalia os méritos e deficiências do Fundo Amazônia, examinando a distribuição geográfica, temática e institucional dos recursos do programa. A pesquisa também determina os efeitos dos projetos de Olhos D'Água sobre o desmatamento, a produção sustentável e a conformidade ambiental e fundiária.
Pesquisador: Juliano Correa
Ano da defesa: 2018
Programa de Pós-graduação: Engenharia de Produção
Orientadores: Marcelo Azevedo Costa, Raoni Lucas Rajão e Alexander Pfaff
Financiamento: Capes e MEC
O episódio 3 do Aqui tem ciência teve produção e apresentação de Larissa Reis, edição de Paula Alkmim e trabalhos técnicos de Breno Rodrigues. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG, abrangendo todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta resultados de trabalho de um pesquisador da Universidade. O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.