O ser humano em primeiro lugar
Formação mais humanista garante profissionais mais conscientes e responsáveis, afirma reitora da Ufop
Em 1720, eclodia em Minas Gerais a Revolta de Vila Rica, um protesto de caráter nativista contra a opressiva política de cobrança de impostos e o controle do comércio de ouro pela Coroa Portuguesa. Trezentos anos se passaram, mas a situação sócio-econômica da população carente de áreas de Ouro Preto parece se manter inalterada.
A constatação de que, em alguns aspectos, muito pouco se avançou nos últimos 3 séculos foi trazida a debate pela reitora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Cláudia Marliére, durante a 2ª Conferência Internacional das Humanidades, realizada entre 9 e 11 de dezembro, na UFMG.
“Essa desigualdade, essa disparidade de renda, a falta de políticias públicas, tudo isso nos faz parar para pensar em como se passam 300 anos numa sociedade com tantas poucas conquistas”, afirma a reitora. “É complicado ver que a população ainda vive nessa marginalidade.”
Segundo Claudia Marlière, a solução real para problemas que se arrastam há séculos no Brasil passa por uma formação mais humanista nas universidades, capaz de gerar profissionais mais conscientes e responsáveis com a vida humana. Ela conversou com a TV UFMG sobre temas como desigualdades, luta por direitos e esperança. Assista:
Equipe: Luciana Julião (produção, reportagem e edição de conteúdo), Ângelo Araújo
(imagens) e Marcelo Duarte (edição de imagens)