Pesquisa desenvolvida na UFMG faz descoberta sobre efeitos do sal
Sarah Fiorini descobriu que a ingestão exagerada pode provocar a inflamação no cólon do intestino, sem sintomas visíveis.
Defendida em agosto deste ano, a tese “Efeitos inflamatórios da dieta rica em sal na mucosa intestinal” foi desenvolvida por Sarah Fiorini e orientada por Ana Caetano, no Laboratório de Imunobiologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (ICB/UFMG). Além do panorama histórico sobre o consumo de sal pela humanidade, o trabalho revelam que camundongos com uma dieta rica em sal apresentaram, em três semanas, inflamação no cólon do intestino.
Em entrevista ao Boletim UFMG, Ana Caetano revela que, no caso dos seres humanos, a ingestão excessiva de sal pode causar inflamações ora imperceptíveis, mas que permitem posteriores doenças inflamatórias no intestino. Neste caso, a dieta pode antecipar ou acelerar o desenvolvimento dessas enfermidades. A pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Imunobiologia do ICB – UFMG, criado em 1984 pelo professor Nelson Vaz e, atualmente, coordenado por Ana Caetano. Segundo Ana, há mais de 20 anos o Laboratório analisa compostos que podem afetar não só a dieta como a imunocompetência dos indivíduos, como as proteínas e os lipídeos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo diário de sal não deve ultrapassar 5g. Sarah Fiorini expõe, entretanto, que a introdução de alimentos industrializados aumenta drasticamente a ingestão do composto na sociedade – causando efeitos negativos na dieta e também no sistema imune dos indivíduos. Ainda segundo a pesquisadora, é preciso que os alimentos orgânicos tenham maior destaque na dieta, comparados aos produtos industrializados.
Confira, no vídeo abaixo, a reportagem da TV UFMG sobre o tema.
Ficha Técnica:
Produção: Vitória Brunini
Reportagem: Júlia Calasans e Vitória Brunini
Imagens: Antônio Soares e Cássio de Jesus
Edição de conteúdo:
Edição de imagens: Otávio Zonatto