Pesquisa e Inovação

Pesquisadora da Faculdade de Letras da UFMG investiga o regionalismo na literatura brasileira

Programa Universo Literário abordou a tese de Viviane Oliveira, defendida no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da UFMG

O regionalismo é um movimento literário que nasceu durante o modernismo em publicações da década de 30
O regionalismo é um movimento literário que nasceu durante o modernismo em publicações da década de 30 Reprodução / Pexels

O regionalismo, como conceito e corrente literária, já esteve associado a uma gama de escritores nacionais. Quando tratamos de obras ambientadas fora do meio urbano e, em especial, nas regiões Norte e Nordeste do país, o aspecto regional do trabalho é, geralmente, uma das primeiras características apontadas e carrega forte peso em análises críticas e acadêmicas. Em sua tese de Doutorado, defendida no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Faculdade de Letras da UFMG, a pesquisadora Viviane Cristina Oliveira se dedicou à releitura do conceito regionalista, buscando entender suas variações, contradições e potenciais, a partir da análise da obra de três grandes autores considerados regionais: João Guimarães Rosa, Mário Palmério e Bernardo Élis.  

O Universo Literário, desta segunda-feira, 26, recebeu Viviane Cristina Oliveira, pesquisadora da área de Letras, com foco em historiografia literária, modernismo e literatura regional. Na entrevista, ela explicou as questões que envolveram o estudo O sertão no arquivo: considerações sobre o(s) regionalismo(s) na literatura brasileira, as manifestações de regionalismo na literatura nacional.

“Essa palavra [regionalismo] tem várias possibilidades interpretativas e essa é uma questão que perpassa as reflexões dos escritores. O Mário Palmério, por exemplo, que foi recebido como um escritor regionalista, se dedicava a fixar quadros regionais e captar expressões e palavras para que essas coisas não fossem esquecidas. O regionalismo como conceito e tendência é significativo para pensar a configuração da literatura, o que é aceito e o que é refugado, numa dinâmica até política”, explicou.

Produção: Carlos Ortega e Marden Ferreira, sob orientação de Luíza Glória
Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Luíza Glória