Por que as minorias são sub-representadas na política?
Fenômeno é analisado por professores da UFMG; em 2016, número de mulheres e negros eleitos foi significativamente menor do que o de candidaturas registradas
A política brasileira é dominada pela maioria masculina branca e caracterizada pela pequena representatividade da comunidade LGBTQIA+, de negros e mulheres. Apesar da cota de gênero, que assegura que ao menos 30% das candidaturas sejam de mulheres, o número de eleitas é muito menor.
Nas últimas eleições municipais, em 2016, mulheres respondiam por 31,9% das candidaturas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Abertas as urnas, elas representavam apenas 13,4% dos vencedores. A proporção de negros também sofre queda após os resultados das eleições: de 8,64% do total de candidaturas registradas para 4,57% do total de eleitos, ainda segundo dados do TSE. Professores da UFMG explicam os motivos dessa redução.
O primeiro turno das eleições será neste domingo, 15, das 7h às 17h, em 5.568 municípios. São quase 148 milhões de eleitores aptos a votar, segundo o TSE. Além do título de eleitor e de documento de identificação com foto, máscara de proteção facial também é um item obrigatório. A Justiça Eleitoral recomenda que cada pessoa leve sua própria caneta para assinar o caderno de votação.
Eleitores que estiverem com febre ou que tenham testado positivo para a covid-19 nos 14 dias anteriores à data da eleição devem permanecer em casa. É possível justificar a abstenção por esse motivo. Mais informações estão disponíveis no site do TSE.
Entrevistados: Bárbara Mendes, pesquisadora NUH/UFMG, Cristiano Rodrigues, professor do Departamento de Ciência Política da UFMG, e Marlise Matos, coordenadora do Nepem-UFMG
Equipe: João Ameno (produção), Marcia Botelho (edição de imagens) e Jessika Viveiros (edição de conteúdo)