Pesquisadores da UFMG investigam o surgimento de uma possível nova variante do coronavírus
Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG trabalha na vigilância genômica do coronavírus em circulação em BH e MG
Pesquisadores do Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG investigam o surgimento de uma possível nova variante do coronavírus em Belo Horizonte. O anúncio foi feito no último dia 7, a partir do sequenciamento genético de 85 amostras do vírus coletadas em pessoas diagnosticadas com covid-19 na Região Metropolitana de BH. Dois dos genomas sequenciados apresentaram um conjunto idêntico de 18 mutações ainda não descritas, observadas em diferentes posições genéticas, inclusive na proteína de espícula, também conhecida como proteína Spike (ou S), responsável pela entrada do vírus nas células humanas. Os dois genomas correspondem a amostras coletadas de pacientes que não têm relação de parentesco ou de região residencial, o que reforça a possibilidade de circulação de uma nova cepa.
Para saber quais são os próximos passos que envolvem a confirmação dessa nova variante e os possíveis impactos disso do ponto de vista da saúde pública, o programa Conexões recebeu o professor Renato Santana, coordenador do Laboratório de Biologia Integrativa do ICB.
O Laboratório de Biologia Integrativa tem trabalhado ativamente na vigilância genômica do novo coronavírus para rastrear o surgimento de novas variantes e também monitorar a circulação das variantes já identificadas na população de Minas Gerais. Recentemente, o Laboratório desenvolveu uma metodologia mais barata para a detecção em massa dessas variantes, a partir do teste diagnóstico de PCR. No dia 25 de março, foi ao ar no programa Conexões uma entrevista sobre o tema com professor Renan Pedra.
Produção: Alessandra Ribeiro
Publicação: Alexandre Miranda, sob orientação de Luiza Glória