Arte e Cultura

Pesquisadores do ICB lançam livreto sobre o alecrim-do-campo

Nativa da América do Sul, planta é encontrada no Cerrado e na Mata Atlântica e tem uso e propriedades medicinais

Planta é conhecida, no Brasil, como vassourinha e alecrim dourado
Planta é conhecida, no Brasil, como vassourinha e alecrim dourado Geraldo Wilson Fernandes

Presente de forma nativa apenas em alguns países da América do Sul, entre os quais, o Brasil, o alecrim-do-campo é uma espécie de arbusto bastante estudada por cientistas de todo o mundo. Três deles, professores e pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, lançaram, recentemente, um livreto em que tratam da espécie encontrada no Cerrado e na Mata Atlântica brasileira. 

Com o título Alecrim, a publicação é assinada por Geraldo Wilson Fernandes, Patricia Angrisano e Yumi Oki, docentes do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução da UFMG. Na obra, o trio fala do arbusto, de forma acessível, a fim de contemplar um público amplo. Entre os aspectos abordados, estão a história natural da espécie, bem como seus usos e propriedades medicinais, além de curiosidades relativas à planta.

Própolis verde
Popularmente conhecida no país como alecrim dourado e vassourinha, o alecrim-do-campo tem, como nome científico, Baccharis dracunculifolia. É utilizado por abelhas, que coletam as resinas da planta para fabricação do própolis verde, e na fabricação de vassouras – daí o nome pelo qual é conhecido popularmente no país. Entre suas propriedades farmacológicas, destacam-se as atividades antimicrobiana, anti-inflamatória, anticancerígena e de controle da hipertensão arterial. 

No mercado nacional, é usada na formulação de anti-transpirantes, cicatrizantes, no tratamento de diabetes e obesidade, em produtos para saúde bucal, entre outros. Além disso, é uma planta bastante associada à biodiversidade por auxiliar na biorremediação de solos com metais pesados, como arsênio, e por favorecer a restauração ambiental.

O livreto de 67 páginas é ilustrado por uma das autoras, Patricia Angrisano, e conta com fotografias do também autor Geraldo Wilson Fernandes. A publicação está disponível em formato digital, neste link.