Ao longo desse período de pandemia falamos aqui na UFMG Educativa 8sobre como as situações que vivemos nos últimos 2 anos afetaram a saúde mental das pessoas em geral. Em agosto do ano passado, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou que o continente vivencia uma “crise de saúde mental”, com 60% da população sofrendo de ansiedade ou depressão em decorrência das medidas de isolamento social e dos impactos socioeconômicos da pandemia. Com a população jovem não é diferente, um estudo Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) com jovens de 15 a 29 anos indicou que a pandemia afetou sua saúde física e emocional, a qualidade do sono, a das relações familiares e teve impacto nas perspectivas educacionais. 

Em meio a essa realidade, foi criado o serviço “Pode Falar”, canal de ajuda virtual em saúde mental e bem-estar para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. O projeto foi  idealizado pelo UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância, e implementado em parceria com organizações como o Centro de Valorização da Vida, Associação pela Saúde Emocional das Crianças, dentre outras. 

O serviço está no ar há pouco mais de um ano e oferece  um espaço em que adolescentes e jovens podem informar sua demanda, de forma anônima, passar por uma triagem automatizada e ter uma resposta imediata, a depender da complexidade de sua questão, com indicação de materiais de apoio, informações e serviços. A plataforma é dividia em três seções “Quero me cuidar”, onde usuários podem receber vídeos, guias e manuais com orientação para o autocuidado; “Quero me inspirar”, permite participar de um processo colaborativo entre pares de dicas sobre como ficar bem; e “Quero falar”, adolescentes podem receber atendimento humano de escuta qualificada, oferecido por organizações parceiras. 

Tudo isso está disponível gratuitamente no site podefalar.org.br

O programa Expresso 104,5 conversou com a oficial de participação e cidadania de adolescentes do UNICEF, Luiza Leitão.

Ouça a entrevista completa com o apresentador Filipe Sartoreto.