Potencial anti-inflamatório do crajiru é tema da 300ª dissertação em ciências farmacêuticas
Pesquisa sobre o potencial anti-inflamatório da espécie Arrabidaea chica – conhecida popularmente como pariri ou crajiru – resultou na 300ª dissertação de mestrado desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia.
A autora, Isabella Kuniko Tavares Magalhães Takenaka, defenderá seu trabalho nesta terça-feira, dia 21, às 9h, na sala 3062, bloco 3, do prédio da Faculdade de Farmácia, no campus Pampulha. A dissertação foi orientada pela professora Simone Odília Antunes Fernandes, com coorientação de Rachel Oliveira Castilho e Valbert Nascimento Cardoso.
Na oportunidade, Isabella Takenaka e Simone Fernandes receberão certificado alusivo ao marco. Em janeiro de 2016, o Programa realizou cerimônia de comemoração pela 100ª defesa de tese de doutorado.
Mucosite intestinal
Por meio de análise fitoquímica do extrato de folhas de A. chica, a mestranda Isabella Takenaka identificou compostos como flavonas e antocianidinas, entre as quais uma substância inédita para a espécie, responsáveis por atividade anti-inflamatória.
No trabalho, a pesquisadora observou modelo animal de mucosite, inflamação da mucosa do trato gastrointestinal provocada por medicamentos quimioterápicos.
Segundo a autora, os resultados justificam a realização de novos experimentos, tendo em vista o potencial das folhas de A. chica no desenvolvimento de futuro fitofármaco ou fitoterápico.
“Esta seria uma estratégia alternativa para a prevenção da mucosite intestinal induzida por agentes quimioterápicos empregados no tratamento de diversos cânceres, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes”, explica a autora. Atualmente, não existem, segundo ela, tratamentos profiláticos ou curativos para a mucosite intestinal.