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Primeira versão da tabela periódica completa 150 anos em 2019

Criação do químico russo Dmitri Mendeleevn era, no entanto, bem diferente da tabela periódica que conhecemos hoje

Tabela proposta por Mendeleiev, em 1869
Tabela proposta por Mendeleiev, em 1869 Domínio público

O ano de 2019 foi escolhido pela ONU e pela Unesco como o Ano Internacional da Tabela Periódica. E essa escolha não foi aleatória: a primeira tentativa de classificar os elementos químicos foi publicada há 150 anos, pelo químico russo Dmitri Mendeleiev. A sua primeira versão, no entanto, era bem diferente da tabela periódica que conhecemos hoje.

Mas a tarefa começou antes: em 1867, a Universidade de São Petersburgo organizou uma aula magna e recebeu Mendeleiev como palestrante. Insatisfeito com os livros que existiam sobre o assunto, o cientista começou a escrever seu próprio material, para poder indicar aos alunos. O desafio que encontrou a partir daí revolucionou sua carreira. Como queria chegar a um conteúdo didático, ele precisaria classificar os elementos em um padrão ordenado e, dessa forma, passou a anotar em cartas de baralho os nomes, as massas e as propriedades de cada elemento conhecido na época.

Depois de algum tempo embaralhando as cartas e tentando encontrar uma ordem que fizesse sentido, Mendeleiev apresentou um primeiro rascunho da tabela periódica à Sociedade Russa de Química, em 1869. Na época, apenas 63 dos 118 elementos já identificados eram conhecidos por químicos e cientistas. Além disso, a tabela era ordenada com base no peso atômico; hoje, os elementos são organizados com base no número atômico. E, embora tivesse razão sobre a periodicidade dos elementos, hoje sabe-se que a proposta de Dmitri Mendeleiev não acertou em tudo.

O professor emérito da UFMG Carlos Alberto Filgueiras falou sobre a tabela periódica em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta quinta-feira, 28.

Ouça a conversa com Luíza Glória

Produção de Maitê Louzada, sob orientação de Luíza Glória