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Professora da UFMG dá dicas para boa convivência em família durante pandemia

Com a pandemia do coronavírus, as pessoas têm passado mais tempo em casa, o que pode gerar conflitos, mas também reforçar laços

A família Martins: Roger, Gabriela e Ursula
A família Martins: Roger, Gabriela e Úrsula Arquivo pessoal

Trabalho, estudo, barzinho, cinema, academia… São tantas as atividades que normalmente fazem parte do nosso dia a dia, que muitas vezes sobra pouco tempo para conviver com a família. Mas com o período de distanciamento social imposto pelo coronavírus, o relacionamento familiar, pelo menos para quem vive dentro da mesma casa, está mais intenso. Cenário esse que pode favorecer conflitos, mas também reforçar laços. 

Como pais, mães, irmãos, podem então aprender a conviver melhor? Para responder a essa questão, a Rádio UFMG Educativa conversou com a professora associada do Departamento de Antropologia e Arqueologia da UFMG, Erica de Souza, que tem estudos em gênero, corpo, sexualidades, família e maternidade. 

Segundo ela, a convivência mais intensa entre a família em um contexto de pandemia pode gerar desgaste emocional. Ela explica que o período em que estamos vivendo marca um retorno das pessoas ao ambiente privado e as obriga a desaceleram e “a voltarem o olhar para si, para o outro e para as relações”, mas justamente pelo caráter obrigatório, a convivência também pode tornar as pessoas mais reativas e, por isso, “é preciso aprender com o momento e não se opor a ele”.

Érica de Souza afirma ainda que é fundamental criar uma nova rotina para a casa com atividades que podem ser compartilhadas pelos membros da família como limpar a casa ou assistir a um filme juntos. Ela também recomenda respeito às individualidades e paciência com o outro principalmente para evitar brigas entre irmãos ou entre casais.

A reportagem também ouviu pai, mãe e filha de uma família composta por quatro pessoas, a família Martins, para entender como essa convivência mais intensa está afetando a rotina e o relacionamento entre as pessoas da casa. Eles contam que o período é desafiador e traz algumas dificuldades, principalmente no início, mas vem trazendo coisas boas para todos os moradores da casa.

Ouça a reportagem de Beatriz Kalil