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Professora do ICB explica estudos que renderam Nobel de Medicina 2017 a trio dos EUA

Pesquisas relacionam atividades do corpo humano ao ciclo de rotação da Terra

Trio de norte-americanos vencedores do Nobel
Trio de norte-americanos vencedores do Nobel Nobel | Divulgação

Pesquisas que relacionam o ciclo de atividade do corpo com a rotação da Terra levam Nobel de Medicina e Fisiologia 2017, divulgado nesta segunda. Jeffrey Hall, Michael Rosbash e Michael Young isolaram o gene que controla nosso ritmo interno em 1984 e, a partir daí, desenvolveram estudos sobre o ciclo circadiano, mecanismo que ajusta as nossas funções corporais e nos leva, por exemplo, a ficar mais ativos durante o dia e menos alertas à noite.

A descoberta é importante porque a desregulação desse mecanismo afeta a saúde e o bem-estar humano e pode contribuir para o surgimento de doenças, como a depressão. "O ciclo circadiano é a nossa capacidade de se adaptar às variações de claro e escuro em função da rotação da Terra. Os pesquisadores foram a fundo e descobriram um conjunto de proteínas que estão expressas em todas as células do organismo e controlam como que a gente é capaz de alterar nossa fisiologia e se adaptar a essas variações de claro e escuro. Não é à toa que a gente dorme durante a noite. É porque tem um reloginho dentro da gente que fala da hora de dormir", comenta a professora do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, Maristela Poletini, em entrevista ao Jornal UFMG.

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Entrevista veiculada no Jornal UFMG desta segunda-feira, 2 de outubro de 2017.