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Proposta de estudantes e professor da UFMG vence concurso sobre acessibilidade em Belo Horizonte

Planta da proposta de intervenção: remanejamento de mobiliário e baixo custo
Planta da proposta de intervenção: remanejamento de mobiliário e baixo custo Acervo da proposta vencedora

Proposta de requalificação para o bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte, elaborada por equipe da UFMG conquistou o primeiro lugar no Concurso Acessibilidade para Todos, promovido pelo WRI Brasil Cidades Sustentáveis.

A equipe é formada pelas mestrandas Izabela Ribas e Priscilla Viola, do Programa de Pós-graduação em Geotecnia e Transportes, pelo professor Leandro Cardoso, coordenador do programa, pela ex-aluna de Arquitetura e Urbanismo da UFMG Bárbara Cadilhe e pela pedagoga e cadeirante Jane Canela – o concurso previa que as equipes contassem com a participação de uma pessoa com mobilidade reduzida.

O objetivo do concurso é promover o transporte ativo, superando ou minimizando os problemas de acessibilidade existentes em trechos de perfis: com alta declividade, com calçadas estreitas e em estação de integração de transporte coletivo. Há expectativa de que a BHTrans implemente as medidas propostas.

O projeto vencedor, que disputou com outras cinco propostas válidas no lote do Padre Eustáquio, elimina ou desloca mobiliário urbano (postes, placas de trânsito e de ruas, lixeiras, pontos de ônibus) para criar rotas acessíveis, com pelo menos 1,20 de largura. “Além disso, definimos medidas de adequação das calçadas (nivelamento, troca de materiais) e previmos ações pessoais, como evitar deixar lixo, portas de lojas e outros objetos no passeio público”, explica a engenharia Priscilla Viola.

O professor Leandro Cardoso chama a atenção para simplicidade da proposta e comenta que, como a área selecionada se caracteriza por grande fluxo de pedestres e por calçadas estreitas, o objetivo foi criar rotas contínuas e acessíveis. “A proposta prevê moderação de tráfego combinado ao remanejamento do mobiliário urbano. Isso otimiza o reduzido espaço disponível e torna factível a implantação, tendo em conta que as intervenções são pouco onerosas", diz.

O concurso é desenvolvido em parceria com a BHTrans, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MG), o Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo (CAU-MG) e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-MG).