Punições por assédio na ciência são avaliadas por pesquisadores norte-americanos
Embora a discussão tenha ocorrido nos EUA, o assédio sexual é um problema sofrido por mulheres cientistas do mundo todo, inclusive no Brasil
Na última reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, encontro científico de maior destaque de todo o país, pesquisadores defenderam que o assédio sexual deve ser enquadrado como uma má conduta científica, de forma a tomar punições mais rígidas contra assediadores. Embora a discussão tenha ocorrido nos Estados Unidos, o assédio sexual é um problema sofrido por mulheres cientistas do mundo todo, inclusive no Brasil.
Ainda não existem estudos específicos sobre o campo científico, mas um levantamento feito pelo Instituto Avon e pela Data Popular mostra dados alarmantes relacionados à vida acadêmica: 67% das alunas já sofreram assédio na Universidade, e quase 30% acreditam já terem sido desqualificadas por serem mulheres. A aluna do curso de física da Universidade de São Paulo, Morgana Martins, que também faz parte do Coletivo de Mulheres dos cursos de Física e Astronomia da Universidade, conta que o assédio está presente no dia a dia da Academia. Ele vem à tona em forma de abuso, subestimação do trabalho e tratamento inferior com relação aos colegas homens.