Institucional

Reitora da Federal do Oeste do Pará denuncia perseguição às universidades públicas

A Universidade Federal do Oeste do Pará se junta ao grupo de instituições de ensino superior do país que manifestam repúdio a mais um ato arbitrário contra as universidades brasileiras. No dia de ontem, 6 de dezembro, membros da comunidade acadêmica da Universidade Federal de Minas Gerais foram submetidos à condução coercitiva com força policial. 

Entre as vítimas desse ato desnecessário estavam o reitor da UFMG, professor Jaime Ramirez, e a vice-reitora, professora Sandra Almeida.Em pouco menos de um ano, viu-se universidades brasileiras, tradicionalmente reconhecidas pela sua relevância no campo científico, serem expostas violentamente diante da sociedade como espaços de conduta duvidosa.

Ações desnecessárias  como essas só servem para enfraquecer a imagem das universidades diante da opinião pública, apresentando-as como instituições desprovidas de capacidade gestora, como se em décadas de história não tivessem sido responsáveis pela formação de inúmeros e reconhecidos profissionais em diversas áreas do conhecimento, inclusive sendo responsáveis pelo reconhecimento ao país diante de comunidades científicas mundiais.

Vive-se um momento de perseguição às universidades públicas brasileiras e seus gestores são submetidos a pressões que muitas vezes ultrapassam a capacidade de enfrentamento das crises instaladas, como vimos no caso da Universidade de Santa Catarina, onde o reitor, professor doutor, Luiz Cancellier de Olivo, num ato extremo diante do fato de ter sido preso e proibido de entrar na UFSC, mesmo que as supostas irregularidades tenham sido registradas em uma gestão anterior, cometeu suicídio há pouco mais de dois meses.

Agora, a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Minas Gerais passa pela pressão da justiça e da polícia em atos súbitos que tratam servidores públicos federais como desmerecedores de respeito.Registra-se o repúdio da Administração Superior da Ufopa e de toda a comunidade acadêmica que primam pela justiça, mas com atos que não firam a dignidade humana e a identidade das instituições que oferecem o ensino superior público do país.

Raimunda Monteiro, reitora da Ufopa