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Retrospectiva 2017: em meio a avanços, ciência brasileira perdeu mais de R$ 2 bilhões

Cortes orçamentários e maior evento científico do país realizado na UFMG movimentaram o ano

Grupo de pesquisadores na inauguração do tesourômetro da UFMG, em julho
Grupo de pesquisadores na inauguração do tesourômetro da UFMG, em julho Carol Prado | UFMG

Entre cortes e reduções orçamentárias, a ciência e a tecnologia seguiram a trancos e barrancos no Brasil em 2017. Logo no início do ano, as verbas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações foram contingenciadas em 45%. Pelo país, pesquisadores aderiram às marchas pela ciência e inauguraram o tesourômetro, que calcula o montante que está deixando de ser investido.

Sem investimento, pesquisas que afetam diretamente a vida das pessoas podem ficar prejudicadas. É o caso do estudo da Fundação Fiocruz de Pernambuco que conseguiu encontrar o genoma do zika vírus em mosquitos culex, espécie diferente do Aedes agypti, o que pode ajudar no combate e prevenção da doença. Ou também da vacina contra a cocaína desenvolvida pela UFMG. Pesquisadores conseguiram criar uma molécula pode desencadear uma resposta que combata o vício na substância. 

Ainda na UFMG, a Reunião Anual da SBPC, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, foi um dos marcos dos 90 anos da universidade, reunindo mais de 15 mil visitantes em uma semana dedicada à ciência, tecnologia e inovação.

Para 2018, as perspectivas da ciência e tecnologia no Brasil são sombrias. De acordo com a lei orçamentária aprovada em dezembro, o setor deverá ter um orçamento 19% menor. Com isso, o dinheiro disponível para investimento em novas pesquisas cairá para R$ 4,7 bilhões.

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