Depois de duas edições on-line devido à pandemia, a Semana do Conhecimento da UFMG volta, neste ano, a ser realizada nos campi. A 31ª edição do evento será de 17 a 21 de outubro, em Belo Horizonte. No início desta semana, já foram desenvolvidas, no Instituto de Ciências Agrárias, em Montes Claros, diversas atividades que incluíram docentes, acadêmicos, servidores técnico-administrativos e a comunidade externa. A edição deste ano da Semana do Conhecimento integra as comemorações dos 95 anos da UFMG e do bicentenário da Independência do Brasil.

As apresentações do 25º Encontro de Extensão, em Montes Claros, foram feitas na segunda e na terça, 3 e 4 de outubro. O evento divulga as atividades extensionistas desenvolvidas na UFMG e proporciona a troca de saberes e conhecimentos entre os estudantes bolsistas e voluntários, que apresentam seus trabalhos e experiências de relevância acadêmica e social e concorrem às premiações concedidas pela Universidade.

A subcoordenadora do Centro de Extensão (Cenex) do ICA, professora Clívia Possobom, viu como positiva a participação nessa edição. “Foram inscritos 53 trabalhos, um número até superior ao da última edição. Esse encontro proporciona aos alunos a oportunidade de mostrar os seus trabalhos, compartilhar com os colegas e também de treinar o escrever, o apresentar, isso tudo faz parte da formação deles. Em alguns trabalhos, tivemos a participação das comunidades envolvidas”, revelou. 

Iniciação Científica
Na terça-feira, dia 4, trabalhos de Iniciação Científica do Instituto de Ciências Agrárias foram expostos nos corredores do Centro de Atividades Administrativas e Didáticas (CAAD). Durante todo o dia, os estudantes apresentaram seus projetos e foram avaliados por uma comissão. Estudantes que têm aulas no prédio aproveitaram para conhecer um pouco do que é produzido na instituição. O coordenador do Núcleo de Assessoramento à Pesquisa (NAPq) do ICA, professor Maximiliano Soares Pinto, vê essa troca de conhecimentos como fundamental. “A Unidade optou pela apresentação física justamente para possibilitar a interação entre orientadores, orientandos e os estudantes que saem das aulas e prestigiam as apresentações”, afirmou.

O número de trabalhos inscritos nesta edição foi considerado satisfatório. “Considerando o número de trabalhos enviados em edições anteriores à pandemia, a participação superou nossas expectativas. Tivemos 12 comissões com aproximadamente dez trabalhos, e esse número acompanha o que houve nas outras edições. Com isso, consideramos este evento um sucesso, tanto dos bolsistas quanto dos voluntários”, avalia o coordenador do NAPq.

Crianças no campus
Ainda como parte das atividades da Semana do Conhecimento na Unidade de Montes Claros, alunos da rede municipal de educação infantil visitaram o campus. Cento e cinquenta crianças, de quatro a seis anos de idade, do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Doutor Mário Ribeiro participaram da ação realizada pelo projeto de extensão Responsabilidade Social, Promoção de Vida e Formação Cidadã – Juntando Forças, coordenado pela professora Anna Christina de Almeida.

“Essas crianças fazem parte das famílias que atendemos no projeto social. Sempre fazemos atividades com a participação das famílias. Estamos no mês das crianças, e hoje é dia de São Francisco de Assis [santo protetor dos animais segundo a Igreja Católica]. Por isso, e porque nosso campus abriga muitos animais, a ocasião foi perfeita para a visita”, comentou a coordenadora.

Anna Christina informou que os alunos estão conhecendo os insetos e que o grupo visitou o Laboratório de Entomologia (área da ciência dedicada ao estudo dos insetos), onde a atenção se concentrou nos vagalumes e nas borboletas. A diretora do Cemei acompanhou a visita. “Aqui eles tiveram a chance de ver no concreto aquelas figuras que mostramos em sala de aula. Foi muito produtivo”, disse Adriana Caldeira Mourão.

Interesse pela academia
No Laboratório de Química, o professor Charles Martins Aguilar mostrou à meninada alguns experimentos. As crianças viram como reações químicas podem gerar calor e energia e entenderam por que não devem manusear produtos químicos. “O objetivo é despertar o lúdico nas crianças, despertar talvez o pequeno cientista que há em cada um. Hoje, a ciência é muito importante para o desenvolvimento do país, e queremos estimular nas crianças o interesse por fazer um curso superior e até seguir na academia”, disse.

Na fazenda, muitos viram alguns animais de perto pela primeira vez. Na área dedicada às ovelhas, os alunos puderam tocar em um filhote. Nathan Ruas Silva, de cinco anos, resumiu o que achou do dia no campus da UFMG: “Achei tudo muito bonito. Gostei de tudo, tudo”, disse o pequeno estudante.

Para Adriana Mourão, o dia vai ficar marcado na memória dos alunos e pode ser a ponte para o surgimento de futuros profissionais. “É uma oportunidade para eles conhecerem a Universidade e criarem uma expectativa para o futuro, mesmo ainda crianças. E isso é importante porque essas crianças são o nosso futuro”, afirmou a diretora do Cemei.