Institucional

UFMG aposta em canal de notícias no Telegram

Uso do aplicativo de mensagens reflete tendência em que a prática da busca pela informação é substituída pela lógica da entrega

Canal da UFMG no Telegram:
Canal da UFMG no Telegram: 'entrega em domicílio'Marcilio Lana / UFMG

A UFMG dispõe de mais um canal de informações para quem deseja ficar por dentro das ações, atividades e medidas que a instituição vem adotando durante a pandemia do novo coronavírus. Trata-se do UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais no Telegram, serviço gratuito de mensagens instantâneas.

Mobilizada antes mesmo de a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhecer a Covid-19 como pandemia, a UFMG tem investido em estratégias em diferentes campos do conhecimento, que vão da testagem e diagnósticos para identificar pessoas contaminadas pelo novo coronavírus – parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e com a Secretaria de Estado da Saúde –, passando por estudos sobre impactos sociais e econômicos, psicológicos, atividades culturais, projeções matemáticas sobre o ritmo de transmissão da doença, até a organização de simpósios via web e lançamento de um site específico.

“Somos uma instituição do conhecimento, que trabalha na busca do saber. E uma de nossas premissas, uma de nossas responsabilidades é, sem dúvida, compartilhar esse saber com a sociedade. Não faz sentido uma instituição de pesquisa, de ensino e que se dedica à extensão, como a UFMG, não compartilhar os conhecimentos que produz com as pessoas. Já fazemos isso por muitos meios e dispositivos, mas, com as transformações nos processos comunicacionais, era importante que também chegássemos aos aplicativos de mensagem”, afirma a professora Fábia Lima, diretora do Centro de Comunicação (Cedecom) da UFMG.

Para a professora Sônia Caldas Pessoa, coordenadora do curso de graduação em Jornalismo da Fafich, a UFMG dá um passo fundamental para manter a sociedade informada sobre o trabalho que desenvolve em todas as áreas da ciência. “O Telegram é uma opção importante de informação sobre temas como a pandemia. O aplicativo apresenta funcionalidades como a busca temática, a certificação de canais e o uso de adesivos sobre a Covid-19 para conscientizar a população e confere relativa estabilidade e segurança”, atesta a professora, que afirma ter voltado a usar o serviço de mensagem para acompanhar a produção informativa da UFMG.

Repensar os fluxos
O trabalho remoto foi uma das medidas adotadas para favorecer a redução da circulação das pessoas, propiciando o isolamento social e contribuindo para desacelerar o ritmo da curva de transmissão da Covid-19. O modelo home office tem sido, inclusive, considerado tendência a ser mantida no cenário pós-pandemia. Segundo o estudo Tendências de marketing e tecnologia 2020: humanidade redefinida e os novos negócios, coordenado por André Miceli, da Fundação Getúlio Vargas, há a expectativa de que o trabalho remoto cresça cerca de 30% no Brasil.

"Diante deste cenário, no qual as pessoas começam a migrar para uma rotina de trabalho que não prevê mais deslocamentos, intensificou-se a substituição da prática da busca pela lógica da entrega. É uma ambiência assentada na perspectiva do delivery que nos obriga a repensar os fluxos comunicacionais e que tem também provocado as dinâmicas e os modelos de produção noticiosa", comenta a jornalista Tacyana Arce, coordenadora executiva do Cedecom e uma das responsáveis pela criação do canal da UFMG no Telegram.

Edição do boletim em 8 de março
Edição do boletim em 8 de maioMarcílio Lana / UFMG

A UFMG divulga diariamente um resumo das principais notícias produzidas pelo Centro de Comunicação, como vídeos da TV UFMG, podcasts da Rádio UFMG Educativa e notícias do Portal UFMG. Com a assinatura, o usuário poderá se informar, por exemplo, sobre as principais ações e pesquisas da Universidade no combate ao novo coronavírus. “O canal já conta com 270 assinantes, e a nossa expectativa é chegar a 1 mil até o fim do mês. Fazemos essa projeção em razão do número de pessoas que aderiram ao canal desde que foi lançado”, justifica o jornalista Gabriel Araújo, da equipe que responde pela comunicação em redes sociais e estratégias informativas por dispositivos mobile.

Os interessados em receber o boletim noticioso devem baixar o aplicativo de mensagens Telegram e buscar pelo canal Universidade Federal de Minas Gerais. Quem tem o aplicativo instalado pode assinar o canal por meio deste link. O serviço é gratuito. 

Sobre o Telegram
O Telegram foi criado em 2013 pelo irmãos Nikolai e Pavel Durov, os fundadores do VK, a maior rede social da Rússia, com sede em São Petersburgo. De acordo com o site do Telegram, com o aplicativo de mensagens é possível criar grupos para 200 mil pessoas ou mesmo canais por broadcasting, como o da UFMG, para uma audiência ilimitada. O Telegram pode ser utilizado em computadores e dispositivos móveis, como smartphones e tablets.

Marcílio Lana