UFMG e PF criam ferramentas mais baratas para identificação de digitais
Desenvolvimento de tecnologia usada na investigação criminal contou com apoio da Fapemig
Faz parte do nosso conhecimento e do nosso imaginário que as digitais humanas são chave para o descobrimento de autores de crimes. O que pouca gente sabe é como funciona essa técnica e como são os equipamentos usados nesse processo. Um aparelho óptico para identificação e captura de impressão digital, atualmente, é importado para o Brasil e pode custar cerca de 500 mil reais. Além disso, o chamado pó-preto, o pó revelador, é também importado, de alto custo e prejudicial à saúde.
Pensando nisso, a Polícia Federal em Minas Gerais e a UFMG, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), desenvolveram um novo método, mais econômico e não tóxico. O aparelho sem radiação ultravioleta e o pó revelador à base de casca de uva ajudam na identificação de digitais em cenas de crimes sem causar danos à saúde, além de serem mais econômicos. Outras vantagens também foram consideradas para a produção do novo aparelho, como a portabilidade, a junção dos dados no computador e a diminuição do tempo para os resultados.
A professora do Departamento de Física da UFMG, Lívia Simán, coordenou uma das frentes de trabalho para o desenvolvimento desses métodos. Ela participou do programa Conexões nesta quarta-feira, 10.