Pesquisa e Inovação

UFMG recebe propostas para licenciar peptídeo que combate a disfunção erétil

A coordenadora da equipe que sintetizou a substância, professora Maria Elena de Lima (à esquerda), e a pesquisadora Carolina Nunes da Silva
A coordenadora da equipe que sintetizou a substância, professora Maria Elena de Lima (à esquerda), e a pesquisadora Carolina Nunes da Silva Foca Lisboa / UFMG

A UFMG recebe, até 6 de novembro, propostas para a contratação de empresa para o licenciamento de direito de uso da tecnologia Peptídeo Sintético PNTX(19). As regras do processo constam do edital de oferta pública, disponível no site da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT).

Com apoio da Fapemig, a tecnologia foi desenvolvida por grupo de pesquisadores do ICB e da Funed que isolou parte do veneno da aranha armadeira e sintetizou peptídeo que potencializa a ereção sem causar efeitos tóxicos. Essa substância, que surge como modelo promissor de fármaco no combate à disfunção erétil, é atóxica, passa praticamente despercebida pelo organismo e tem ação analgésica.

Processo

O trabalho partiu da análise, no ICB, dos efeitos da picada da aranha armadeira, reconhecidamente causadora de priapismo, ereção continuada e dolorida, que pode provocar lesões e necrose do tecido. Em outra etapa – realizada pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) – foi isolada a toxina causadora desse efeito, a PnTx(2-6), formada por 48 resíduos de aminoácidos.

Além de investigar seus mecanismos de ação, o grupo de pesquisadores do Laboratório de Venenos e Toxinas Animais (LVTA), do ICB, sintetizou parte da toxina, que conta com 19 aminoácidos.

Confira matéria sobre a síntese do peptídeo publicada no Boletim UFMG.

Com Assessoria de Comunicação da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica